A epilepsia ainda é cercada de estigma e preconceito na sociedade. Muitas pessoas acreditam em mitos e concepções errôneas sobre a epilepsia, o que pode levar à discriminação e exclusão social das pessoas com essa condição
O Dia da Conscientização sobre Epilepsia é celebrado anualmente em 26 de março. Este dia tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a epilepsia e diminuir o estigma associado à essa condição médica.
De acordo com o Ministério da Saúde, a epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns no Brasil, afetando cerca de 2,4 milhões de pessoas. O Dia da Conscientização sobre Epilepsia é uma oportunidade para educar a sociedade sobre a epilepsia, promover a aceitação e compreensão das pessoas que sofrem desse mal e encorajar a busca de tratamento e apoio. Isso pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com epilepsia e reduzir a discriminação e o isolamento social que muitas vezes enfrentam.
Mas você sabe quais os principais sintomas? Muitas pessoas acreditam que a epilepsia resulta somente em crises convulsivas graves, mas na verdade há diversos outros contratempos da condição que parecem 'invisíveis' aos outros, mas tornam o dia-a-dia do portador um verdadeiro desafio. A epilepsia é uma das principais causas de morte relacionada à doença neurológica no Brasil.
Convulsões: a convulsão é o sintoma mais conhecido da epilepsia e pode se apresentar de diferentes formas, como espasmos musculares, tremores, rigidez ou perda de consciência.
Alterações sensoriais: algumas pessoas com epilepsia relatam sentir alterações sensoriais antes, durante ou após as crises, como formigamento, visão embaçada, alterações no olfato ou no paladar.
Distúrbios emocionais: alterações de humor, irritabilidade, agitação, ansiedade ou depressão podem ser sintomas associados à epilepsia.
Alterações cognitivas: pessoas com epilepsia podem apresentar problemas de memória, dificuldades de concentração, problemas de linguagem e dificuldades na resolução de problemas, tonturas frequentes e cansaço mental.
É importante ressaltar que nem todas as crises epilépticas se manifestam da mesma forma e que outras condições de saúde podem apresentar sintomas semelhantes à epilepsia. Portanto, é essencial que a pessoa com suspeita da doença seja avaliada por um médico especialista em neurologia para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.
Infelizmente, a epilepsia ainda é cercada de estigma e preconceito na sociedade. Muitas pessoas acreditam em mitos e concepções errôneas sobre a epilepsia, o que pode levar à discriminação e exclusão social das pessoas com essa condição.
Discriminação no trabalho ou escola: algumas pessoas com epilepsia podem ser discriminadas no ambiente de trabalho ou escola por causa de suas crises, o que pode levar à perda de oportunidades e de autoestima.
Isolamento social: o estigma em relação à epilepsia pode levar as pessoas com essa condição a se sentirem isoladas e excluídas socialmente, o que pode afetar negativamente sua qualidade de vida.
Falta de compreensão: muitas pessoas ainda acreditam em mitos sobre a epilepsia, como a ideia de que é contagiosa ou que é causada por demônios, o que pode levar a falta de compreensão e aceitação.
É importante combater o preconceito em relação à epilepsia por meio da educação e conscientização. Isso melhora a compreensão e aceitação das pessoas com epilepsia, reduzindo o estigma e melhorando sua qualidade de vida.
Crises parciais simples: essas crises começam em uma área específica do cérebro e podem afetar os movimentos, sensações ou emoções de uma pessoa. A pessoa pode ter uma sensação estranha, como formigamento ou tremor em uma parte do corpo, ou ter dificuldade para falar ou entender a fala.
Crises parciais complexas: estas crises também começam em uma área específica do cérebro, mas afetam a consciência e a memória da pessoa. A pessoa pode parecer confusa, desorientada ou até mesmo agir de forma estranha, como mastigar ou apresentar movimentos repetitivos.
Crises tônicas: essas crises podem causar rigidez muscular em todo o corpo, fazendo com que a pessoa caia no chão.
Crises clônicas: essas crises são caracterizadas por movimentos musculares rítmicos e repetitivos em todo o corpo.
Crises mioclônicas: essas crises são caracterizadas por movimentos musculares rápidos e repentinos, semelhantes a espasmos.
Crises tônico-clônicas (antigamente chamadas de crises convulsivas generalizadas): estas crises começam em ambos os hemisférios cerebrais e podem afetar a consciência e causar convulsões musculares rítmicas em todo o corpo.
Ausências (antigamente chamadas de crises de pequeno mal): estas crises são caracterizadas por uma breve perda de consciência, que pode durar apenas alguns segundos, durante os quais a pessoa pode parecer estar "ausente" ou "desligada".
Se você presenciar alguém tendo uma convulsão epiléptica, é importante manter a calma e agir de maneira apropriada para garantir a segurança da pessoa.
Mantenha a pessoa segura: se a pessoa estiver em uma superfície elevada ou perto de objetos perigosos, tente movê-la para um local seguro.
Vire a pessoa de lado: isso pode ajudar a evitar que a pessoa engasgue com saliva ou alimentos em sua boca. Certifique-se de que a cabeça da pessoa esteja apoiada e que ela esteja de lado, com a boca voltada para baixo.
Proteja a cabeça: se possível, coloque um objeto macio sob a cabeça da pessoa para evitar ferimentos.
Afrouxe as roupas: solte qualquer roupa apertada que possa estar restringindo a respiração da pessoa.
Observe o tempo: observe quanto tempo a convulsão dura. Se durar mais de cinco minutos, ou se a pessoa tiver dificuldade para respirar, ligue para a emergência.
Acalme a pessoa: depois que a convulsão acabar, tente acalmar a pessoa e ofereça ajuda se necessário. Se a pessoa estiver confusa ou desorientada, ofereça assistência para levá-la a um local seguro.
Procure ajuda médica: se a pessoa nunca teve uma convulsão antes; se a convulsão durar mais de cinco minutos; se a pessoa tiver dificuldade para respirar ou se a pessoa ficar inconsciente após a convulsão, chame imediatamente uma ambulância ou leve a pessoa para a emergência.
É importante lembrar que, embora possa ser assustador testemunhar uma convulsão epiléptica, ela geralmente é tratável e muitas pessoas com epilepsia podem levar vidas normais e produtivas com o tratamento adequado.
Existem vários tratamentos disponíveis para a epilepsia, e o tratamento adequado dependerá do tipo e da gravidade da epilepsia de cada pessoa. Cerca de 70% das crises podem ser controladas com medicação adequada. Aqui estão alguns dos principais tipos de tratamentos para a epilepsia:
Medicamentos: a maioria das pessoas com epilepsia é tratada com medicamentos antiepilépticos, que ajudam a controlar as convulsões. Existem muitos tipos diferentes de medicamentos antiepilépticos disponíveis, e o tipo e a dose do medicamento prescrito dependerão do tipo e da gravidade da epilepsia de cada pessoa.
Cirurgia: para algumas pessoas com epilepsia, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento. A cirurgia é geralmente recomendada para pessoas que têm epilepsia focal (que começa em uma área específica do cérebro) e que não respondem bem aos medicamentos.
Estimulação do nervo vago: a estimulação do nervo vago é um tratamento em que um dispositivo é implantado no pescoço da pessoa para estimular o nervo vago. Isso pode ajudar a reduzir o número e a gravidade das convulsões.
Dieta cetogênica: a dieta cetogênica é rica em gordura e pobre em carboidratos. Tem sido usada para tratar a epilepsia em crianças há muitos anos. A dieta cetogênica pode ajudar a controlar as convulsões em algumas pessoas.
Terapia comportamental: a terapia comportamental pode ajudar a lidar com o estresse e a ansiedade associados à epilepsia, além de fornecer estratégias para lidar com as convulsões.
Dispositivos de alerta de convulsões: os dispositivos de alerta de convulsões podem ajudar as pessoas com epilepsia e seus cuidadores a detectar quando uma convulsão está ocorrendo e tomar medidas para garantir a segurança da pessoa.
É importante lembrar que o tratamento da epilepsia é altamente individualizado e pode levar algum tempo para encontrar o tratamento certo para cada pessoa. É importante trabalhar em estreita colaboração com um médico especializado nesse mal para encontrar o tratamento adequado e garantir que a epilepsia se mantenha sob controle.
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