O dia 4 de fevereiro reforça ainda mais a necessidade de desmistificar as mais diversas fake news ao redor do tema; Oncologista tira as principais dúvidas e comenta a importância da informação de qualidade
O termo "câncer" ainda é cercado por preconceitos e informações que nem sempre são verdadeiras sobre o que pode ou não contribuir para o surgimento da doença. Por isso, é muito importante não acreditar em tudo o que se escuta por aí.
De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, o primeiro passo é buscar informações de qualidade, seja em veículos que tenham autoridade e com o próprio médico.
"Durante as consultas, é fundamental que o paciente leve quais são suas principais dúvidas. É bastante comum diversos mitos serem compartilhados nas redes sociais e internet como um todo, portanto o combate à fake news deve começar dentro do consultório e ir além dele".
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é previsto que cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano sejam diagnosticados no triênio 2023/2025.
Na região sudeste, a incidência da doença nas mulheres tem como localização primária a mama (32,9%); cólon e reto (11,2%); glândula tireoide (6,4%); traqueia, brônquio e pulmão (5,3%); e colo do útero (5%). Já nos homens, é possível notar os casos de próstata (30,1%); cólon e reto (11,1%); traqueia, brônquio e pulmão (6,7%); Cavidade Oral (5,1%); e estômago (4,9%).
Apesar de existirem muitos tipos de câncer, os tumores aparecem pelo crescimento descontrolado das células em qualquer região do corpo. Podendo ser causado tanto por fatores externos como internos, alguns cuidados contribuem para a prevenção da doença - sendo a informação um deles.
Mito! Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem o risco de câncer relacionado ao uso do microondas. Sabe-se que a radiação interna do aparelho é testada nos altos padrões de segurança. Por isso, é essencial consumir apenas eletrônicos com o certificado do InMetro.
A principal relação entre o aparelho com o câncer se dá por substância liberadas durante o preparo dos alimentos. A principal dela é a acrilamida, que se forma em preparos em alta temperatura - ou seja, quando a batata, mandioca, entre outros possui um tom marrom escuro.
Em animais, por exemplo, existe sim uma possível ligação de alimentos que contêm acrilamida ao risco de câncer. Mas, no caso dos humanos, não existem fatos científicos que comprovem a condição, por isso, a airfryer não é considerada cancerígena.
Verdade! Durante a amamentação, as células começam a produzir leite e passam a se multiplicar menos. Como o câncer é o aparecimento anormal delas, o risco da doença é sim reduzido.
Verdade! Quando é descoberto precocemente, as chances de cura podem chegar a mais de 90%. Cada tratamento é único e individualizado para cada paciente, pois cada um pode responder de maneiras diferentes.
Esse mito circula na internet há tempos e não é verdadeiro! Vale lembrar que não existem evidências científicas que comprovem o fato, principalmente sua relação com o câncer de mama.
Verdade. Quando os exercícios fazem parte da rotina diária, há o equilíbrio dos níveis hormonais, defesa do organismo, entre outros benefícios. Segundo o Inca, eles contribuem para diminuir o risco de câncer de cólon, mama e endométrio.
Mito. Ele não pode passar de uma pessoa para a outra. Porém, no caso do câncer causado por vírus, como o do HPV ou hepatite B, pode haver um risco de contaminação por relações sexuais, transfusões de sangue e seringas compartilhadas. Mas, vale lembrar que nestes casos a infecção não garante que o paciente irá desenvolver a doença. Diversos vírus, como os mencionados acima, possuem vacinas que fazem parte do calendário infantil de imunização, podendo ser prevenidos.
Verdade. É importante que os alimentos não sejam aquecidos em recipientes plásticos, ou ainda não sejam armazenados enquanto estiverem quentes. Nestes casos, eles podem liberar substâncias cancerígenas, como a dioxina, bisfenol, entre outros. A recomendação pela INCA é de utilizar vasilhas de vidro ou porcelana.
Mito! O alimento não é considerado uma substância cancerígena. Até o momento, não existem provas científicas de que ele pode acelerar o crescimento de um tumor, portanto deixar de consumi-lo não significa que o processo deixará de acontecer.
Verdade. Pesquisas mostram que esse hábito concomitantemente possui um risco aumentado para o câncer de faringe, laringe, boca e esôfago. Ou seja, no caso do consumo de álcool e tabaco juntos, os efeitos são multiplicados quando comparados aos riscos individuais.
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