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"De uma irresponsabilidade ímpar", diz Caiado sobre campanha de vacinação de Doria

Para o governador do estado de Goiás, governador de SP está usando da boa fé das pessoas ao promover um vacina estadual

Da redação
Publicado em 09/12/2020, às 12h44 - Atualizado às 14h44

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Ronaldo Caiado acusa Doria de usar mecanismo político em campanha de vacinação - Jefferson Rudy/Agência Senado
Ronaldo Caiado acusa Doria de usar mecanismo político em campanha de vacinação - Jefferson Rudy/Agência Senado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), criticou a campanha de imunização do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante sua participação no programa de rádio Manhã Bandeirantes, apresentado por José Luiz Datena.

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Caiado é médico e afirmou que Doria está agindo com irresponsabilidade e 'mesquinhez' ao anunciar que iniciará a campanha de imunização contra a covid-19 em 25 de janeiro. "O cidadão, ao invés de privilegiar a ciência, a saúde, o gesto responsável, passa a usar de uma vacina, que nao tem ainda nem na China e nem em nenhuma agência internacional de certificação o atestado para poder ser aplicada", criticou.

O governador de Goiás afirmou que apenas a vacina da Pfizer (americana), em parceria com a BioNtech (alemã), tem autorização da agência certificadora americana para ser aplicada. "Temos 17 laboratórios pesquisando vacinas no mundo. Primeiro ministro israelense recepcionou a primeira chegada em israel, governo do Reino Unido iniciou ontem a vacinação da população de altíssimo risco. Quando você consegue autorização de uma agência, seja ela americana, chinesa ou japonesa, a Anvisa é obrigada a dar uma resposta em 72 horas, se não der, a vacina está autorizada a ser usada em uso emergencial para pessoas que estão classificadas em alto risco e médicos de saúde que estão a frente das UTIs", explicou.

"O que tem que se diferenciar é a ação emergencial de um plano nacional de imunizaçao. Qualquer vacina que amanhã tenha a certificação - como o governo brasileiro também ja aderiu a compra da Pfizer - seja a de Oxford, seja a Sinovac, seja a russa, seja o que for, poderemos tranquilamente aderir a compra. Toda vacina produzida amanhã pelo Butantan [SP], pela Fiocruz [RJ], que tiver certificação, não será distribuida pelo governo de São Paulo nem pelo governo do Rio de Janeiro, ela vai ser repassada para o Ministério da Saúde que vai repassar exatamente para cada estado a quantidade de pessoas que compõem esse grupo de risco", detalhou.

O governador ainda acusou Doria de disseminar mentiras e influenciar prefeitos a fazerem convênios para receber a vacina. "É de uma irresponsabilidade ímpar. As pessoas estão brincando com coisa séria. Como que São Paulo vai ter uma vacina de São Paulo? O cidadão tá no Acre, tá em Goiás, vai fazer o quê? Viajar pra tomar uma vacina? Isso é usar da boa fé das pessoas, da medicina, da saúde publica como mecanismo, ferramenta, demagógica, populista e politiqueira da mais rasa e mais baixa que eu vi na minha vida", desabafou.

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