O governo do Paraná informou hoje (18) que formalizou a demanda para adquirir 16 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. De acordo com a administração estadual, o montante pode chegar a 33 milhões de doses, a depender da capacidade de produção dos laboratórios.
O Paraná tem 11 milhões de pessoas. Seriam necessárias pelo menos pouco mais de 20 milhões de doses para imunizar o conjunto dos cidadãos, excluindo o público para quem ainda não há confirmação da eficácia da vacina, como crianças.
A intenção de compra foi formalizada em oito cartas para diferentes companhias. Caso a compra seja efetivada, as doses não ficarão no estado, mas serão destinadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde.
ConsórcioO total de doses adquiridas pode ser maior. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PP) participou de reunião com os governadores do Sul, Carlos Moisés (SC) e Eduardo Leite (RS), onde foi discutida a criação de um consórcio e adoção de medidas conjuntas.
Foi debatida a possibilidade de formar um fundo com recursos dos três estados para fortalecer o consórcio como comprador na disputa por doses no mercado internacional. Uma intenção avaliada foi a de integrar “listas de espera” de fabricantes, em razão da alta demanda internacional.
A atuação do consórcio deve ser estendida também à compra de insumos. Aí entram equipamentos relacionados à oferta de oxigênio e medicamentos utilizados na intubação de pacientes. No encontro, o governador Ratinho Júnior admitiu que os três estados estão com escassez destes produtos.
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão entre os estados com mais casos de covid-19 do Brasil. Segundo a atualização diária do Ministério da Saúde sobre a pandemia de ontem, o Paraná era o terceiro (775.070), Rio Grande do Sul o quarto (763.794) e Santa Catarina o sexto (746.620). Os três estados já tiveram, respectivamente, 14.198, 15.819 e 9.121 pessoas mortas pela doença desde o início da pandemia.
Edição: Aline Leal
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