O Colégio Pedro II, da rede federal de ensino no Rio de Janeiro, decidiu ontem (2) retomar as atividades escolares no próximo dia 7 em regime híbrido, mantendo o mesmo modelo praticado até dezembro de 2021.
“Até a reavaliação do atual cenário será mantido o ensino remoto, composto por atividades pedagógicas síncronas e assíncronas. As aulas presenciais terão como objetivo a complementação pedagógica organizada a fim de fazer acompanhamento/orientação”, informou a instituição.
Em nota, a reitoria explicou que a decisão ocorreu devido ao recrudescimento da pandemia da covid-19 com o surgimento da nova variante Ômicron. “A nova onda da doença voltou a pressionar os sistemas de saúde, por conta da alta transmissibilidade do vírus. A taxa de contágio da atual variante é de três a quatro vezes maior do que a da variante original. Por isso, na terceira semana epidemiológica de 2022, com taxa de contágio (RT) igual a 1,752, o Brasil apresentou 933.452 casos, enquanto o Rio de Janeiro, 133.263”, explica o comunicado.
O Conselho Superior do Colégio Pedro II definiu para o dia 25 deste mês o reexame das condições sanitárias decorrentes da pandemia da covid-19 para avaliar se mantém o ensino híbrido ou se determina o retorno presencial das aulas.
O Pedro II tem 14 campi no Rio de Janeiro, incluindo as cidades de Niterói e Duque de Caxias, além de um Centro de Referência em Educação Infantil, em Realengo, na zona oeste da capital. São, ao todo, cerca de 13 mil estudantes da educação infantil ao ensino médio e de pós-graduação.
O filho do servidor público federal Victor Hugo de Oliveira Souza é aluno do primeiro ano do ensino médio do campus de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. “O ideal seria que todos voltassem 100% em aulas presenciais, mas diante das circunstâncias do avanço da nova variante e com base nos números de infecção no Rio, eu sou a favor do que foi decidido pelo conselho superior que tomou uma decisão democrática. Ao contrário do que alguns dizem, está tendo aula, sim”, disse Souza, que é representante dos responsáveis da turma do filho.
A aluna do terceiro ano do ensino médio do campus do centro da cidade do Rio Beatriz Giuliasse, de 19 anos de idade, também é favorável ao retorno das aulas no modelo híbrido, neste momento. “Essa decisão é condizente com o momento atual. A decisão anterior de retornar presencialmente no dia 7 de fevereiro foi tomada em dezembro, quando a gente ainda não tinha a variante Ômicron, quando os números de casos pela covid-19 estavam mais controlados. Foi correto postergar um pouco a decisão para o retorno 100% presencial. É importante que a gente se resguarde”.
Edição: Fernando Fraga
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