OUTUBRO ROSA

Cannabis medicinal mostra potencial para ser grande aliada no tratamento do câncer de mama

Só em 2020 foram estimados mais de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil

Da redação
Publicado em 06/10/2022, às 11h26 - Atualizado às 16h10

FacebookTwitterWhatsApp
Em 2020, 18.068 mulheres perderam a batalha para a doença Cannabis medicinal mostra potencial para ser grande aliada no tratamento do câncer de mama Desenho de mulher com o laço rosa símbolo da campanha "Outubro Rosa" preso na camiseta, na altura do peito, - Pixabay
Em 2020, 18.068 mulheres perderam a batalha para a doença Cannabis medicinal mostra potencial para ser grande aliada no tratamento do câncer de mama Desenho de mulher com o laço rosa símbolo da campanha "Outubro Rosa" preso na camiseta, na altura do peito, - Pixabay

A Cannabis sativa é conhecida por ser uma planta com diversos fins terapêuticos. Até aí, tudo bem. O problema é quando vem à tona o nome com o qual ela é conhecida popularmente: maconha.

Fique bem informado, faça parte do nosso grupo no WhatsApp  ➥  https://bit.ly/matériasexclusivasemtemporeal 📲

Considerada uma droga, no Brasil ela é ilegal, pois,  pelo Artigo 34 da Lei 11.343/2006, é crime “fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas”.

Fins medicinais

Mas toda essa polêmica envolvendo a maconha não apaga o fato de que a cannabis tem suas utilidades medicinais.  A cannabis medicinal pode ser uma importante aliada em doenças graves, como o câncer.

No caso do câncer de mama, cuja campanha de prevenção tem como mote o “Outubro Rosa”, ela pode ter papel decisivo. Segundo câncer mais frequente nas mulheres, só em 2020 foram estimados mais de 66.280 novos casos e 18.068 mulheres perderam a batalha para a doença, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Ama+Me) os canabinóides, que são compostos naturais isolados da planta Cannabis sativa, interferem na progressão do ciclo celular, bloqueiam sua multiplicação descontrolada e induzem a apoptose (morte celular programada) de células malignas  por inibição das vias de sinalização pró crescimento tumoral. Eles reduzem a angiogênese (processo de formação de vasos sangüíneos a partir de vasos preexistentes) e as metástases tumorais (células cancerosas soltam-se do tumor original e vão para outras partes do corpo) em modelos de câncer de mama em animais.

Outros estudos também mostram que a cannabis pode ter papel importante na prevenção, combate, tratamento e alívio de sintomas das pacientes com câncer de mama. Isso pode vir a oferecer uma maior sobrevida e qualidade de vida. Lembrando que a administração da cannabis com finalidade medicinal não é por meio de cigarros, como acontece na forma recreativa. Ela funciona como um princípio ativo. 

Regulamentação

Segundo a Câmara dos Deputados, o plantio de maconha para pesquisas e preparo de medicamentos já é permitido em lei, mas é preciso regulamentação da Anvisa para que isso se concretize. Faltam regras que determinem como e onde o cultivo pode ser realizado.

A cannabis também é usada no tratamentos de doenças, como Mal de Parkinson, epilepsia, glaucomas, outros tipos de cânceres, esclerose múltipla, entre outras. 

Ainda de acordo com a Câmara, pacientes que desejam plantar precisam de autorização judicial ou recorrer à importação de medicamentos caros.

Leia os destaques jornalísticos do dia ➥ https://bit.ly/CNgooglenoticias

Leia também: Riviera de São Lourenço promove Outubro Rosa com eventos imperdíveis e gratuitos

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!