Só em 2020 foram estimados mais de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil
A Cannabis sativa é conhecida por ser uma planta com diversos fins terapêuticos. Até aí, tudo bem. O problema é quando vem à tona o nome com o qual ela é conhecida popularmente: maconha.
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Considerada uma droga, no Brasil ela é ilegal, pois, pelo Artigo 34 da Lei 11.343/2006, é crime “fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas”.
Mas toda essa polêmica envolvendo a maconha não apaga o fato de que a cannabis tem suas utilidades medicinais. A cannabis medicinal pode ser uma importante aliada em doenças graves, como o câncer.
No caso do câncer de mama, cuja campanha de prevenção tem como mote o “Outubro Rosa”, ela pode ter papel decisivo. Segundo câncer mais frequente nas mulheres, só em 2020 foram estimados mais de 66.280 novos casos e 18.068 mulheres perderam a batalha para a doença, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Ama+Me) os canabinóides, que são compostos naturais isolados da planta Cannabis sativa, interferem na progressão do ciclo celular, bloqueiam sua multiplicação descontrolada e induzem a apoptose (morte celular programada) de células malignas por inibição das vias de sinalização pró crescimento tumoral. Eles reduzem a angiogênese (processo de formação de vasos sangüíneos a partir de vasos preexistentes) e as metástases tumorais (células cancerosas soltam-se do tumor original e vão para outras partes do corpo) em modelos de câncer de mama em animais.
Outros estudos também mostram que a cannabis pode ter papel importante na prevenção, combate, tratamento e alívio de sintomas das pacientes com câncer de mama. Isso pode vir a oferecer uma maior sobrevida e qualidade de vida. Lembrando que a administração da cannabis com finalidade medicinal não é por meio de cigarros, como acontece na forma recreativa. Ela funciona como um princípio ativo.
Segundo a Câmara dos Deputados, o plantio de maconha para pesquisas e preparo de medicamentos já é permitido em lei, mas é preciso regulamentação da Anvisa para que isso se concretize. Faltam regras que determinem como e onde o cultivo pode ser realizado.
A cannabis também é usada no tratamentos de doenças, como Mal de Parkinson, epilepsia, glaucomas, outros tipos de cânceres, esclerose múltipla, entre outras.
Ainda de acordo com a Câmara, pacientes que desejam plantar precisam de autorização judicial ou recorrer à importação de medicamentos caros.
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