DÚVIDAS DA 3ª DOSE

5 dúvidas frequentes sobre a terceira dose contra a covid-19

Drª Raquel Xavier esclarece algumas perguntas, e explica as causas e efeitos do terceiro imunizante

Da redação
Publicado em 21/09/2021, às 13h45 - Atualizado às 15h01

FacebookTwitterWhatsApp
Terceira dose da vacinação contra covid-19 5 perguntas mais frequentes sobre a terceira dose contra a covid-19 Dúvidas sobre a terceira dose contra covid-19 - Divulgação/XCOM
Terceira dose da vacinação contra covid-19 5 perguntas mais frequentes sobre a terceira dose contra a covid-19 Dúvidas sobre a terceira dose contra covid-19 - Divulgação/XCOM

Até o dia 24 de agosto, mais de 220 milhões de doses das vacinas contra covid-19 já haviam sido distribuídas entre os estados brasileiros, com cerca 180 milhões de doses aplicadas entre primeiras e segundas doses ou dose única, segundo nota da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde.

O avanço da vacinação em território nacional está acelerado e é responsável pela diminuição de 70% das mortes, sendo que a população de 60 anos ou mais apresenta 100% de cobertura para primeira dose e cobertura muito próximo a isso para a segunda. 

São números animadores, mas que ainda não protegem a população completamente, especialmente com a ascensão de novas variantes no mundo todo.

Por essas e outras, a vacinação com a terceira dose de imunizantes se iniciou na população idosa e, até a segunda quinzena de setembro de 2021, está em vias de começar para os profissionais da saúde.

De acordo com a Profª Drª. Raquel Xavier de Souza Saito, docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina, dependendo da evolução da epidemia no país, bem como o surgimento de novas evidências científicas, a administração de doses adicionais para outros grupos poderá ser considerada. 

Com a eminência dessa nova realidade, a especialista respondeu cinco questões sobre o tema para que a população possa se preparar e estar devidamente imunizada e segura contra a covid-19.

1. Quais os benefícios da terceira dose da vacina? 

São dois os principais fatores que justificam o usa da terceira dose de vacinas contra covid-19.

Primeiramente, dados comprovam uma queda progressiva de proteção imunológica entre os idosos acima de 70 anos e, particularmente, acima de 80 anos. Logo, uma terceira dose poderia prolongar a proteção.

Em segundo lugar, pessoas com alto grau de imunocomprometimento tendem a apresentar resposta imunológica reduzida e, nesse caso, uma terceira dose aumentaria essa resposta.

“Recomendações sinalizam que, a vacina a ser utilizada para a dose adicional deverá ser, preferencialmente, de RNA mensageiro, como Pfizer e Wyeth, ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral, como Janssen ou AstraZeneca”, explica a docente.  

2. Qual o intervalo entre a segunda e terceira dose? 

O intervalo recomendado pelo Ministério da Saúde é de seis meses após a segunda dose ou dose única, independentemente do imunizante aplicado. Para indivíduos imunocomprometidos, esse período de intervalo deverá ser menor: somente 30 dias.  

3. Teremos que tomar uma nova dose de vacina todos os anos? 

A exemplo da vacina da gripe, pode ser necessária uma dose anual de imunizante para manter o controle da doença. “Isso deverá se repetir até que o vírus seja devidamente erradicado, ou seja, até que, depois de várias vacinações coletivas, não se observe mais a ocorrência da infecção na população de uma determinada região” afirma Raquel.  

4. A necessidade de uma terceira dose significa que ainda não estamos seguros? 

A terceira dose é considerada uma dose de reforço, que busca reduzir qualquer interferência em um conjunto de variáveis, como esclarece a professora. “Uma vacina, para que tenha efetividade, depende de vários fatores: comportamento de replicação viral, conservação, imunidade e capacidade de resposta do indivíduo. A terceira dose vem para fortalecer esses fatores”.  

5. E depois da terceira dose? Quais serão as medidas de proteção? 

A utilização de máscaras poderá seguir vigente, especialmente entre pessoas que apresentem síndrome gripal – essa deverá ser uma regra de etiqueta a ser adotada. E, como nenhuma vacina tem eficácia de 100% para a prevenção de qualquer doença, as medidas de proteção já conhecidas poderão seguir em avaliação.

“Distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos, limpeza e desinfecção de ambientes e isolamento de casos suspeitos e confirmados conforme orientações médicas são medidas que, quando utilizadas de forma integrada, favorecem o controle da transmissão da covid-19 e suas variantes”, finaliza a doutora. 

Sobre a Faculdade Santa Marcelina

A Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina – ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica. Desde o início, os princípios de orientação, formação e educação da juventude foram os alicerces do trabalho das Irmãs Marcelinas.

Em São Paulo, as unidades de ensino superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera, em 1999. Para os estudantes é oferecida toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento intelectual e social, formando profissionais em cursos de graduação e pós-graduação.

Na unidade Perdizes os cursos oferecidos são: Música, Licenciatura em Música, Artes Visuais, Licenciatura em Artes Plásticas e Moda. Já na unidade Itaquera são oferecidas graduações em Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia em Estética e Cosmética.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!