Um Peixe veloz

Desconhecido do público brasileiro em geral, o técnico Fabián Bustos foi o escolhido para comandar o Alvinegro Praiano. Multicampeão no futebol equatoriano, o argentino enxergou no Santos a possibilidade de ingressar no maior mercado da América do Sul.
A expectativa do torcedor não poderia ser outra: quais serão as características do Peixe em campo?
Aos poucos, essa resposta está sendo respondida. Uma equipe intensa sem a bola com saída em velocidade, um jogo direto e vertical em direção ao gol adversário.
Bustos tem privilegiado duas fases do jogo.
Na organização defensiva, um bloco médio ou baixo de marcação, utilizando-se das clássicas linhas de quatro com dois jogadores à frente. A estratégia do técnico é atrair seus oponentes de forma que ao tomar a posse da bola, tenha espaço no terço final do campo podendo explorar a velocidade de seus jogadores de beirada e os atacantes que jogam mais centralizados.

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A transição tem sido a principal arma ofensiva do time. Até o presente momento destaques para o experiente zagueiro Maicon e Rodrigo Fernández que melhoraram o setor defensivo. Dentro desse modelo, os extremas são fundamentais. Eles tem a função defensiva de ajudar na marcação e quando tomam a bola precisam estar aptos para sair em velocidade.
Júlio vem ajudando muito taticamente e Ângelo, desde sua entrada no segundo tempo contra à Católica de Quito e claro na vitória frente ao Coxa, passou a ser o escape e o homem de criação da equipe. 
Com esse modelo de jogo, o Peixe criou boas oportunidades na primeira etapa. O alvinegro conseguiu a vantagem no placar que manteve ao longo da partida. Com uma postura mais cautelosa na segunda etapa, é verdade que o Santos pouco criou, mas não permitiu oportunidades ao seu adversário.