Mês do ‘uso racional’ reacende discussão sobre boas práticas farmacêuticas e divide opiniões em pleno enfrentamento à covid-19
Na semana a qual se celebra o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos (5 de maio) o Instituto Nacional de Tecnologia em Saúde, responsável pela administração do Hospital Bertioga, no litoral paulista, e outras unidades em todo o Brasil, alerta sobre os quatro perigos sobre o uso incorreto.
A automedicação é mais comum do que se imagina principalmente entre os brasileiros. Outro hábito recorrente é não seguir à risca a recomendação médica e alterar as doses inclusive parando de tomar as medicações quando os sintomas são minimizados.
Conheça as principais práticas equivocadas elencadas também pela Organização Mundial da Saúde - OMS;
1- Doses, quantidades e validade
Um costume perigoso é manter medicamentos guardados no armário após o uso da quantidade indicada. Como a automedicação é bastante comum, as pessoas acreditam resolver os problemas sozinhas, mas não é bem assim. E quanto mais isso acontece, maior é o risco para a saúde e para o bem-estar.
2- Dependência
O uso indevido pode trazer dependência e um bom exemplo são os anti-inflamatórios. Quando a pessoa toma essas medicações toda vez que sente uma dor nas costas ela pode ficar dependente a ponto do princípio ativo do remédio não fazer mais efeito e ter que tomar doses maiores para tentar a melhora, o que acarreta efeitos colaterais cada vez mais severos.
Outro exemplo conhecido é o dos descongestionantes nasais. Quando usados em grandes quantidades, esses medicamentos podem ter efeito sistêmico, trazendo riscos reais à saúde dos usuários.
3- As superbactérias
Alguns dos medicamentos que mais causam transtornos pelo uso incorreto são os antibióticos. Tomados para combater infecções bacterianas, eles têm dose e tempo certos, que devem controlados pelo médico.
O período proposto para tratamento é aquele ideal para aniquilar os micro-organismos que estão prejudicando o seu corpo de maneira eficaz e total. Quando se para antes do tempo ou se aplicam doses incorretas, você acaba permitindo que as bactérias criem resistência, transformando-as em bactérias mais fortes. Então, para matá-las, você vai precisar de outras medicações mais potentes, o que coloca em risco a sua própria saúde.
4- As interações perigosas
O desconhecimento das propriedades químicas e a automedicação podem gerar interações perigosíssimas. Para quem usa ansiolíticos, por exemplo, é expressamente recomendável que não se faça ingestão de álcool, pois os dois agem no mesmo tipo de receptor, podendo o uso conjunto causar sonolência, perda de consciência e até riscos à vida.
Outro problema menos conhecido é a mistura entre o cigarro e remédios. Quem fuma acelera o fígado e as enzimas que metabolizam as substâncias, fazendo então com que a dose do remédio do fumante precise ser maior que a do paciente comum. O médico tem ciência disso, porém quem se automedica não, o que acarreta em ingestão de quantidades erradas risco de não se alcançar o efeito esperado.
Agora você já sabe
Os anos de estudos e pesquisas não foram à toa, e é por isso que devemos sempre procurar um profissional para, dessa forma, proteger ao máximo o nosso organismo. E você, como faz o uso de remédios? Conta pra gente, e compartilhe as suas experiências!
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