Movimentação de cargas, impulsionada pelo agronegócio e contêineres, supera expectativas e reafirma protagonismo do maior porto do Brasil
Redação
Publicado em 22/11/2024, às 11h17
O porto de Santos atingiu, em outubro de 2024, o maior volume de cargas já movimentado em um único mês de outubro. Foram 15,5 milhões de toneladas, aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a marca chegou a 153 milhões de toneladas, crescimento de 7,7% em comparação a 2023, consolidando novo recorde histórico para o período. Os dados foram divulgados pela Autoridade Portuária de Santos (APS), nesta sexta-feira (22).
Os embarques registraram 10,9 milhões de toneladas em outubro, alta de 1,4%, enquanto as descargas cresceram 30% (4,6 milhões de toneladas). No acumulado de janeiro a outubro, os embarques somaram 112,9 milhões de toneladas (+6,0%) e as descargas 40 milhões (+13,0%). O agronegócio desempenhou papel central nesse desempenho, com destaque para os embarques de soja (27,8 milhões de toneladas), açúcar (23,4 milhões) e milho (11,5 milhões).
A movimentação de contêineres também foi recorde: 493,7 mil TEU em outubro (+12,3%) e 4.548 mil TEU no acumulado do ano (+15,4%). O segmento de granéis sólidos somou 7,6 milhões de toneladas no mês (+7,7%), impulsionado pelo aumento nas exportações de açúcar a granel (+47,4%) e farelo de soja (+31,3%). Já os granéis líquidos movimentaram 1,8 milhão de toneladas em outubro (+5,8%) e 16,3 milhões no ano (+2,4%), com destaque para gasolina e óleo combustível.
O presidente da APS, Anderson Pomini, destacou que os resultados decorrem de operações eficientes e investimentos estratégicos. "Esses números demonstram a relevância do porto de Santos para o comércio exterior brasileiro. Estamos confiantes de que 2024 será um ano histórico, reafirmando nosso papel no cenário global".
Além disso, a corrente comercial brasileira movimentada via Santos alcançou US$ 147,3 bilhões de janeiro a outubro, 29% do total nacional. A China manteve-se como principal parceira comercial, com 27,9% das transações, enquanto São Paulo concentrou 53,6% das operações do porto, reafirmando a importância estratégica da estrutura para a economia nacional.
