Delegado foi propulsor do Núcleo de Apoio à Mulher em Bertioga (NAM)
Os poucos meses de atuação de Wanderley Mange de Oliveira a frente da Delegacia de Polícia de Bertioga foram cruciais para o desenvolvimento da segurança no município. Em apenas um mês como delegado titular do município, Mange criou o primeiro Núcleo de Apoio à Mulher (NAM) de Bertioga com um simples gesto: a cessão de um espaço da delegacia para um grupo de mulheres atuantes.
Instalado em outubro de 2018, o local é uma parceria da comunidade com o poder público e atende as vítimas de violência e estupro e as mães de crianças abusadas. Locado à rua manoel Gajo, número 340, Centro, o centro funciona em uma das salas de instalações anexas à delegacia, onde antes funcionava a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran).
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Homenagem
Os grandes feitos do delegado renderam à ele uma homenagem na Câmara Municipal de Bertioga na noite de terça-feira, 26. A Moção de Parabenização foi concedida pela vereadora Valéria Bento (MDB), que foi investigadora da polícia civil de Bertioga. "Na minha época, só tinha eu e a Fernanda (Salgado) de mulher na delegacia, e as mulheres não tinham espaço para denunciar os abusos. Hoje, elas passam pelo grupo, são orientadas, as crianças tem um lugar para se distrair, e quando vão fazer a ocorrência já estão mais seguras e sabendo de seus direitos", esclareceu.
Nascido em Cubatão, Mange ingressou como delegado de Polícia em 1992, na cidade de Queluz, divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro. Em seguida, voltou para Cubatão, sua cidade natal. Passou por Guarujá, Santos e Praia Grande até assumir o cargo de delegado titular de Bertioga, em julho de 2018.
Preocupado com a segurança da mulher, ele já trabalhou na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Cubatão e faz parte do programa Homem Sim, Consciente Também, dirigido a homens agressores. "Quando cheguei em Bertioga, eu me deparei com muitos casos de violência doméstica. Por outro lado, me deparei com um carência: a gente não tem uma delegacia da mulher aqui. Em uma reunião do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) encontrei algumas guerreiras com vontade de fazer algo por essas mulheres e decidi ajudar", declarou.
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