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A deputada federal Rosana Valle (PL) foi entrevistada pela jornalista Denise Campos de Toledo na edição de ontem (11) do Jornal da Gazeta. Rosana foi questionada sobre as eleições municipais do próximo ano em Santos e as mudanças políticas e partidárias envolvendo o pleito. O prefeito Rogério Santos (PSDB), que planeja buscar a reeleição, pode trocar de partido e migrar para o Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas. A deputada classificou essa articulação como "oportunista" e destacou que a avaliação deve ser feita pela população, enfatizando que são os eleitores que decidem o voto.
A parlamentar afirmou estar focada em seu trabalho na Câmara e, apesar das especulações, não é candidata à prefeita. "É uma decisão que tomaremos mais adiante", afirmou.
Rosana justificou seu voto contrário à reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados. A parlamentar afirmou que a principal razão é a rapidez na avaliação da proposta.
"Eu não concordo com a forma como a reforma foi apresentada. Ela foi praticamente colocada minutos antes no plenário, com várias mudanças, e agora estamos percebendo aos poucos a inclusão de matérias estranhas, conhecidas como jabutis", afirmou Rosana.
Entre os jabutis, a deputada destaca a questão do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "Com essa mudança, os prefeitos poderão aumentar o IPTU de suas cidades sem o consentimento dos vereadores. Não considero isso correto!", afirmou.
Rosana mencionou a prorrogação dos benefícios para as montadoras de veículos instaladas no Nordeste. "São Paulo seria prejudicado, e perdemos por apenas um voto", afirmou.
A parlamentar reforçou que, apesar de ter votado contra, ela deseja uma reforma que promova a unificação dos tributos. No entanto, do jeito que foi aprovada, não há garantia de redução dos impostos.
O PL, partido da deputada, e o Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, acabaram contribuindo para a aprovação da matéria. Rosana ressaltou que é natural haver discordâncias, uma vez que as bancadas são numerosas e possuem diversos representantes.
"Acredito que isso não irá dividir a Direita, pois faço parte da oposição, porém uma oposição propositiva!"
O projeto segue para o Senado Federal. A deputada expressa o desejo de que os senadores possam avaliá-lo e propor a reforma com maior clareza.
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