Política

"Que seja exemplo", diz PGJ sobre operação relacionada à hospital de campanha de Mauá

Os promotores do Gaeco e os agentes da polícia estiveram na casa e no gabinete do prefeito de Mauá, Atila Cesar Monteiro Jacomussi

Da Redação
Publicado em 16/06/2020, às 10h05 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h33

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Divulgação / MP
Divulgação / MP

A operação deflagrada pelo MPSP e pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 15, no âmbito de uma investigação sobre ilegalidades na contratação da entidade que montou o hospital de campanha de Mauá repercutiu na mídia. "É necessário que sirva de exemplo", disse o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.

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De acordo com ele, a utilização indevida de dinheiro público nunca é tolerável, especialmente quando desviam-se "recursos que podem salvar vidas".  "Isso é trair a população", afirmou o PGJ em entrevista à Rádio Jovem Pan.Globo, Bandeirantes, Record, CNN, Rede TV, CBN e "O Estado de S.Paulo" também ouviram Sarrubbo sobre o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em sete endereços com o objetivo de recolher material que possa, ao término da investigação, sustentar o ajuizamento de ações tanto na esfera penal quanto na esfera cível por ato de improbidade.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e os agentes da polícia estiveram na casa e no gabinete do prefeito de Mauá, Atila Cesar Monteiro Jacomussi, no Departamento de Licitações da cidade, na sede da organização social Atlantic – Transparência e Apoio à Saúde Pública, na casa do médico Gilberto Alves Pontes Belo e no gabinete e na casa do secretário de Saúde, Luis Carlos Casarin. Neste último endereço, foi localizada um quantia de quase R$ 20 mil nos dutos de ar-condicionado, além de documentos rasgados.

O balanço da operação aponta ainda a apreensão de dois celulares, três notebooks, três HDs externos, quatro CPUs e nove pendrives. Na visita que fizeram ao hospital de campanha os promotores constataram que os equipamentos ali instalados são da própria prefeitura, quando o contrato, de R$ 3,3 milhões por apenas três meses de vigência, previa que a organização social Atlantic – Transparência e Apoio à Saúde Pública fornecesse os aparelhos.Há fortes indícios, segundo as investigações do MPSP, de crimes previstos na lei de licitações, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, entre outros.

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