Política

Pesquisa DataSenado faz mapeamento de como a pandemia afetou o ensino

Estudante do oitavo ano do ensino fundamental em Brasília, Arthur Cardoso relata os desafios que tem enfrentado desde que ...

Da Redação
Publicado em 13/08/2020, às 22h50 - Atualizado em 24/08/2020, às 08h34

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Estudante do oitavo ano do ensino fundamental em Brasília, Arthur Cardoso relata os desafios que tem enfrentado desde que as escolas fecharam, por consequência da pandemia do novo coronavírus.   Sonora: "É uma dificuldade imensa a aula on-line porque é cansativo, tem que ficar sentado muitas horas em frente ao computador. É bem repetitivo, tem que fazer muita coisa em pouco tempo. Eu sinto muita falta das aulas presenciais".   O universitário brasiliense, Lavousier Barbosa, também tem uma nova rotina desde que as instituições de ensino foram fechadas.   Sonora: "Diferente das aulas a distância, que são extremamente objetivas, nas aulas presenciais você tem a oportunidade de trocar a experiência com os alunos e também com os professores, até para melhorar a desenvoltura da aula e o desenvolvimento do raciocínio".   Esses dois alunos fazem parte dos 20 milhões de estudantes que tiveram as aulas suspensas em julho desse ano. De acordo com a pesquisa do Instituto DataSenado, esse número representa 34% do total de alunos matriculados na educação básica e superior.   De acordo com a pesquisa, os alunos da educação básica foram os mais afetados: quase 18 milhões tiveram as aulas interrompidas em julho, enquanto no nível superior, esse índice é de quase 1 milhão e meio de alunos.   Em outra análise da mesma pesquisa, foi observado que mais de 32 milhões de alunos que tinham aulas presenciais, passaram a ter aulas remotas. Sendo que desse total, cerca de 28 milhões cursam a educação básica e quase 4 milhões estão no ensino superior.   Dentre os pais e responsáveis ouvidos pelo estudo, 43% declararam ter filhos matriculados em escolas e faculdades. A maioria, 79% frequenta instituições públicas e 21% estão em estabelecimentos privados.   Sessenta e três por cento dos pais entrevistados disse que, nos últimos dias, as aulas foram majoritariamente on-line, por causa da pandemia e outros 36% responderam que as atividades permaneceram suspensas.   O índice de instituições que permaneceram sem aula durante o mês de julho foi maior entre as públicas, 40%, contra 18% das particulares.   Quanto à qualidade de ensino, 63% dos pais consideraram que houve uma queda nos padrões. Somente 8% consideram que houve melhora na educação fornecida pelas escolas e faculdades, e 22% responderam não haver alterações na qualidade do ensino ofertado.   Os celulares e computadores sãos os principais dispositivos utilizados para acessar as plataformas virtuais de ensino. Com relação ao acesso à internet, 79% declaram ter acesso enquanto 20% disseram não ter.   A incidência de alunos com acesso à internet foi maior entre os matriculados em intuições privadas.   O levantamento foi feito em todos os estados e no Distrito Federal, por telefone, e ouviu dois mil e quatrocentos brasileiros maiores de 16 anos.

Imagem acervo site

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Fonte: EBC Política Nacional

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