A erradicação da extrema pobreza será uma das metas da Seds (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social). Na cerimônia de transmissão de cargo, o secretário Paulo Alexandre Barbosa anunciou o estudo do projeto para a criação do ‘Mapa Estadual da Pobreza e da Desigualdade Social’. A proposta é um dos temas que afirmou que vai discutir com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, em reunião que será marcada para os próximos dias, em Brasília (DF).
O novo secretário explica que o estudo não ficará limitado a conceitos econômicos, como renda per capita. No levantamento serão reunidas informações que ajudem a dimensionar a pobreza e a extrema pobreza nos 645 municípios paulistas. Também serão considerados o nível de escolaridade, as condições de moradia, a alimentação, a saúde e a formação profissional das pessoas participantes ou não dos programas sociais nos três âmbitos de governo (estadual, federal e municipal).
Método
Para a elaboração do Mapa, a Secretaria vai utilizar o Pró-Social, sistema que centraliza as informações sobre oferta e demanda dos programas, ações e projetos executados em todo o Estado. Com a integração da base de dados estaduais e federais, os gestores e técnicos dos municípios têm uma ferramenta poderosa de gestão pública. O Pró-Social integra o Projeto Avaliação e Aprimoramento da Política Social do Estado de SP, cofinanciado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O sistema paulista é referência para os demais Estados. “Vamos usar os dados já existentes e complementá-los com o apoio das prefeituras. Com esse mapeamento mais abrangente e detalhado poderemos avaliar a eficiência dos programas, direcionando os investimentos conforme as necessidades diagnosticadas. O mapa estará disponível na internet, em um formato didático, para que qualquer cidadão possa acessá-lo”, ressaltou o secretário.
Parceria
Com orçamento de R$ 480 milhões para 2011, Barbosa disse que a Secretaria vai trabalhar em colaboração com a equipe da área social da presidente Dilma, que também colocou a erradicação da extrema pobreza como prioridade de governo. “Não há como ser diferente. A integralidade das ações é uma das premissas do sistema de proteção social, que sobrepõe a eventuais diferenças ideológicas e partidárias”, afirmou.
Números
Para o secretário, São Paulo precisa ampliar a parceria com o governo federal, prefeituras, iniciativa privada e terceiro setor para reduzir a desigualdade social. Em 2010, o Estado atendeu cerca de 800 mil pessoas nos programas Ação Jovem e Renda Cidadã, mediante auxílio financeiro de R$ 80. O valor é pago a adolescentes e jovens que ainda não concluíram o ciclo básico escolar e a famílias com renda per capita de meio salário mínimo.
O vereador de Bertioga, Ney Lyra (PRP), foi um dos presentes na cerimônia de posse de Paulo Alexandre.
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