Na véspera do Dia Mundial do Ambiente, grupo de trabalho debate coleta de resíduos

Evento virtual promovido nesta quinta-feira (4/6) pelo grupo de trabalho da covid-19 e pela Escola Superior do MPSP reunião quase uma centena de participantes para tratar do descarte e da coleta de resíduos sólidos em tempos de pandemia. "Não há só interesse jurídico, mas também o interesse social", afirmou o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, numa referencia ao exército de quase um milhão de trabalhadores envolvidos na coleta seletiva em todo o Brasil. Para ele, tratar da questão na véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, que se comemora em 5 de junho, teve um "efeito simbólico".O procurador Paulo Sergio de Oliveira e Costa também destacou a relevância da iniciativa, dizendo que a Escola, que ele dirige, é "um órgão auxiliar do Ministério Público na capacitação de seus membros".Coordenado pela promotora Tatiana Serra, do comitê temático do meio ambiente do grupo de trabalho, o debate entre especialistas, membros de servidores da instituição mostrou-se bastante produtivo. A presidente da Cetesb, Patrícia Iglesias, o professor Paulo Saldiva, a engenheira Roseane Garcia Lopes de Souza (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Vital Ribeiro (Secretaria de Estado da Saúde), Antonio Matias (Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo) e a promotora Alexandra Facciolli, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), apresentaram diversos aspectos a serem considerados no que tange à coleta de lixo como um vetor de propagação do coronavírus, bem como os impactos sociais da suspensão da reciclagem.  "Reforço a minha admiração pelo trabalho do Ministério Púbico", registrou a presidente da Cetesb. Saldiva afirmou se sentir honrado todas as vezes que é convidado para um evento do MPSP e agradeceu a confiança.Sob a presidência de Sarrubbo e a coordenação do promotor Arthur Pinto Filho, o grupo de trabalho, instituído pela portaria 4.258/2020, de 22 de abril, é composto por membros especializados nas áreas que requerem a intervenção do MPSP diante da crise sanitária que se instalou em São Paulo e no país, bem como por profissionais e professores de diversos segmentos (médicos, educadores, urbanistas, assistentes sociais) capazes de proporcionar aos promotores uma visão multidisciplinar da questão. O grupo já elaborou dezenas de enunciados.