Ministro viabiliza cursos de medicina em Guarujá e Cubatão

Costa Norte
Publicado em 26/09/2014, às 16h57 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h24

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Guarujá é uma das primeiras entre as cidades selecionadas para o curso

Por Mayumi Kitamura

Os cursos de medicina em Guarujá e Cubatão estão cada vez mais próximos de se tornarem realidade. A assinatura do termo de compromisso para a criação dos novos cursos foi realizada na segunda-feira, 22, pelo ministro da Saúde Arthur Chioro, que esteve nas duas cidades, primeiras do país a assinar o documento. As oportunidades de graduação integram às ações estruturantes do programa Mais Médicos, do governo federal, levando em conta a necessidade da população e a infraestrutura dos serviços. O ministro falou sobre a importância dos cursos para a região. “São cidades que não tinham curso de medicina; têm rede, têm universidades privadas que vão concorrer agora pela abertura destes cursos de medicina, mas, acima de tudo, trata-se de uma estratégia para ampliar 11.500 mil vagas até o ano de 2017. Abertas estas vagas, atingiremos, em 2026, a meta de 600 mil médicos no Brasil, o que poderá dar uma proporção de 2,8 médicos para cada mil habitantes, que é um padrão internacionalmente entendido como adequado”. As duas cidades da Baixada Santista atenderam a todos os requisitos da seleção, comandada pelo Ministério da Educação (MEC). Dentre eles, a exigência de números de leitos para a área de residência médica. De acordo com o edital, para um curso com 50 vagas, são requisitados 250 leitos no município, ou somados a cidades da mesma região de saúde. Cubatão contou o apoio das cidades vizinhas de Santos e São Vicente, que disponibilizaram seus leitos públicos para a residência médica dos futuros estudantes. Para Guarujá, foi apresentado o Hospital Santo Amaro; os leitos que serão implantados com o novo hospital de Vicente de Carvalho; os leitos de retaguarda instalados na UPA Matheus Santamaria, e, ainda, os do Hospital de Bertioga. A prefeita Maria Antonieta de Brito, de Guarujá, comemorou a assinatura. “Todos os equipamentos do Hospital Santo Amaro e unidades poderão receber esses estudantes, e os demais profissionais já formados terão oportunidade de ampliar seus conhecimentos. A implantação do curso de medicina significa um ganho para o Guarujá e para a região”. O prefeito de Bertioga Mauro Orlandini vê com bons olhos a parceria firmada com a cidade vizinha. “A partir do momento que tem uma faculdade aqui em Guarujá e em Cubatão, com certeza vai poder suprir a necessidade que a nossa região tem de profissionais nesta área”.

Unaerp A reitora da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) Elmara Bonini esteve presente na cerimônia e comentou a participação da instituição na implantação do curso de medicina na cidade. De acordo com ela, as tratativas para trazer ao campus Guarujá os frutos resultantes da experiência de mais de uma década no ensino da medicina em Ribeirão Preto iniciaram antes mesmo da instalação do programa Mais Médicos. “Nós fizemos um processo de trazer para Guarujá a faculdade de medicina, de acordo com a experiência já feita em Ribeirão Preto, e de acordo com a metodologia de PBL (Problem-Based Learning)”, lembrou a reitora. O PBL ou ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas), é um método que estimula o debate entre alunos, os quais são apresentados a um caso clínico que devem resolver, a partir dos sintomas apresentados. O interesse em receber o curso de medicina fez com que a universidade preparasse o campus com antecedência e, atualmente, segundo conta a reitora, todos os requisitos exigidos são atendidos e a documentação já está pronta para o lançamento do edital de licitação. A partir da publicação, as propostas das instituições privadas de educação interessadas poderão ser encaminhadas para a implantação do curso. “Como já temos uma experiência de 17 anos, eu acredito que a universidade está apta a realizar um bom trabalho. Nosso curso de medicina em Ribeirão Preto é avaliado em nível máximo de qualidade. Vamos trazer efetivamente um pessoal já treinado e vamos introduzir pessoal de São Paulo na formação do corpo docente”, comentou Elmara.

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