SENADO FEDERAL

Mario Covas Neto quer empoderamento dos municípios

Candidato a senador pelo Podemos, ele é a favor do voto distrital e de mais verba para as cidades

Estela Craveiro
Publicado em 28/09/2018, às 12h52 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h31

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Mario Covas Neto no programa Opinião, da TV Costa Norte - Estela Craveiro
Mario Covas Neto no programa Opinião, da TV Costa Norte - Estela Craveiro

Acabar com o posto de suplente para senadores e lutar pela implantação do voto distrital são alguns dos objetivos de Mario Covas Neto, candidato a senador pelo Podemos, que esteve no programa Café da Manhã, do Sistema Costa Norte de Comunicação, na sexta-feira, 28. Ele está em quarto lugar na intenção de votos apurada pela última pesquisa do Ibope, com 13%, tecnicamente empatado com a deputada Mara Gabrilli (PSDB) e o Major Olímpio (PSL).

Atualmente cumprindo seu segundo mandato como vereador na cidade de São Paulo, Covas Neto acha que, quando um senador deixar seu mandato, quem deve substituí-lo é quem ficou em segundo lugar na eleição de senador de cada estado. Ele acredita que pode não ser tão grande a economia de R$ 1,5 bilhão por ano, só em despesas de gabinete no Congresso Nacional, que o voto distrital geraria, com a redução de 513 para cerca de 300 deputados e de 81 para 56 senadores, mas pode ser exemplar: “Em relação ao orçamento da União, não é muito, mas é o primeiro passo para cortar na própria carne, atendendo ao desejo da população de que o estado tenha mais eficiência. E o Legislativo daria o exemplo do que o governo federal e o Poder Judiciário têm que fazer”.

Enquanto deputados representam a população, senadores representam os estados da nação. E Covas acha que não faz o menor sentido, por exemplo, em todo o Brasil, as obras de metrô serem pagas pelo governo federal e, em São Paulo, pelo governo estadual: “ Precisamos quebrar essa discriminação. Essa briga precisa ser feita com mais rigor”. Um dos problemas, a seu ver, ocorre quando um estado tem senadores que já foram ministros ou que são do partido do presidente da República: “Não dá para se aliar ao presidente da República e dar as costas para o estado. Nosso objetivo é fazer a representação que o estado paulista merece”.

Covas Neto também acha que é preciso haver uma distribuição mais justa de recursos, e engrossa a fileira de parlamentares e candidatos ao Congresso Nacional que têm, na revisão do pacto federativo, uma de suas bandeiras.  O estado de São Paulo é o que mais arrecada, mas não recebe recursos na mesma proporção. Isso, em sua opinião, deve ser corrigido. E o dinheiro não precisa necessariamente ir para o governo do estado, que hoje fica com 20% do que o país coleta em impostos, enquanto os municípios ficam com 15% e o governo federal com 60%. Aliás, ele acha que o percentual que cabe às cidades tem que crescer: “A reforma tributária tem que empoderar os municípios. Cada um sabe quais são suas necessidades. Os prefeitos não têm condições de manter os municípios funcionando se não tiverem convênios federais e estaduais funcionando”. Isso, para ele, também tem que mudar.

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