Política

Gaeco obtém condenação de integrantes de organização criminosa que agia em Sorocaba

Houve também fixação de indenização às vítimas no valor mínimo de R$ 10 mil para cada uma

Da Redação
Publicado em 08/07/2020, às 10h10 - Atualizado em 24/08/2020, às 00h02

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Divulgação / MP
Divulgação / MP

Em sentença do dia 30 de junho, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) obteve a condenação de nove integrantes de organização criminosa, todos denunciados no âmbito da Operação Alquimia. As penas impostas variam entre 16 a 97 anos de prisão, pelos crimes de organização criminosa armada, extorsões e lavagem de dinheiro (processo número 0017583-79.2016.8.26.0602). Além disso, foi decretada a perda de mais de R$ 14 milhões dos réus, assim como de vários imóveis, automóveis e uma lancha. Houve também fixação de indenização às vítimas no valor mínimo de R$ 10 mil para cada uma, independentemente do que vier a ser decidido na esfera cível.

O grupo criminoso, atuante há anos em Sorocaba e região, mantinha esquema empresarial com a criação de diversas empresas inclusive de “factoring”, visando a lavar o dinheiro ilícito obtido com a prática de crimes. Para a sentença, foram analisados  milhares de documentos apreendidos, laudos periciais, depoimentos de testemunhas e vítimas protegidas. Relatórios de inteligência apontaram uma movimentação financeira da organização de mais de R$ 118 milhões.Ao condenar os denunciados pelo MPSP, o Judiciário considerou que a organização criminosa “gerou graves destruições, caos e medo em pessoas, famílias e empresários (...)”. Os criminosos atuavam há anos com práticas de agiotagem. As vítimas, achacadas com juros exorbitantes, eram cobradas por meio de práticas vexatórias, ameaças, sequestros, agressões morais e físicas, tudo com a utilização de armas de fogo.

Assim, os criminosos incutiam o medo e o silêncio para crescer financeiramente, enquanto as vítimas eram levadas à ruina.Milhares de documentos de veículos, cheques de terceiros e vítimas estão apreendidos, e serão destruídos em prazo a ser fixado pela Justiça.Qualquer cidadão que tenha informações sobre o paradeiro dos foragidos pode acionar a Polícia Civil pelo WhatsApp no número (15) 99805-1751 ou o Gaeco pelo e-mail [email protected]. A identidade será preservada.

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