ELEIÇÕES

Candidata a vice de Márcio França prioriza educação

A coronel da PM diz que tão importante quanto investir na inteligência das polícias é criar políticas públicas que tirem os jovens da influência dos criminosos.

Estela Craveiro
Publicado em 24/08/2018, às 15h07 - Atualizado às 03h55

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Coronel Eliane Nikoluk é a vice-governadora de Márcio França na disputa pelo governo paulista - JCN
Coronel Eliane Nikoluk é a vice-governadora de Márcio França na disputa pelo governo paulista - JCN

Se há algo que a coronel Eliane Nikoluk não esperava, quando se candidatou a deputada estadual pelo PR, era ser  convidada pelo governador Márcio França (PSB) para ser sua vice, na candidatura à reeleição para comandar o estado de São Paulo. Foi um susto, ela conta, mas aceitou de imediato, por julgar “uma oportunidade incrível de estar ao lado de um homem que tem uma história na política e uma experiência de gestão pública”. A primeira coisa que ela se perguntou para decidir foi: “Como posso contribuir com meu conhecimento para uma prestação de serviços melhor para a população?”.

Referências das necessidades do povo é que não lhe faltam, colhidas em seus quase 30 anos de experiência na Polícia Militar (PM) paulista: “O policial, queira ou não, acaba vivenciando nas comunidades mais vulneráveis uma série de problemas de saúde e segurança. É acionado para fazer partos, levar pessoas para o hospital, recolher cachorro bravo...”. Ela escolheu fazer parte da PM do estado de São Paulo inspirada na ação do pai, que é PM, para salvar pessoas em um grande deslizamento de terra que houve em Campos do Jordão, no interior paulista, convencida de que o que queria da vida era proteger pessoas.

Logo, Eliane aprendeu a ser exceção. Fez parte da primeira turma de mulheres da Academia Barro Branco, que forma oficiais da PM há 150 anos, ao lado de apenas outras 14 moças entre 800 homens. Nos últimos quatro anos e meio, antes de se aposentar na corporação, comandava 3.400 homens de sete batalhões, em 39 cidades da região do Vale do Paraíba: “Foi um desafio enorme, e desde então, eu tive contato com aquilo que a população sofre”.

A coronel chama a atenção sobre a amplitude da visão que tem sobre a questão criminal, especialmente, o tráfico de drogas, como demonstrou ao participar do programa Café da Manhã, da TV Costa Norte, na sexta-feira, 17: “Há necessidade de trabalhar em duas frentes, a dos traficantes e a dos usuários. É preciso investir na inteligência das polícias e na integração com serviços como o Ministério Público. E é preciso criar políticas públicas capazes  de tirar os jovens da influência dos criminosos, fortalecendo o trabalho de prevenção e, principalmente, a educação. É um trabalho de longo prazo, mas que tem que ser feito”.  

Ela lembra que dados do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) indicam que a cada US$ 1 gasto em prevenção, outros US$ 7 são economizados em recuperação. Isso, em sua opinião, aplica-se a todas as áreas de gestão pública, e respalda sua convicção de que a educação de crianças e jovens é a principal arma para combater o crime.

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