Acompanhado do presidente da mantenedora do Hospital Santo Amaro, Urbano Bahamonde Manso, o deputado federal Marcelo Squassoni (PRB) reuniu-se, na terça-feira, 4, com o vice-presidente corporativo da Caixa Econômica Federal Antônio Carlos Ferreira, para negociar a dilatação do prazo para o pagamento da dívida da instituição com o banco. Para garantir a sobrevivência financeira, o hospital necessita aumentar o prazo, hoje de 60 meses, para até 180 meses.
Atualmente, o Santo Amaro despende aproximadamente R$ 500 mil mensais para a quitação de débitos com o banco, referentes, por exemplo, ao recolhimento de FGTS de funcionários. O vice-presidente da Caixa confirmou a viabilidade do pedido e comprometeu-se a analisar a questão e dar uma resposta formal nos próximos dias.
A exemplo do que ocorre com a grande maioria dos hospitais filantrópicos brasileiros, o Santo Amaro vive grave crise financeira. Única a atender pelo SUS em Guarujá, a instituição, recentemente, suspendeu cirurgias e teve paralisado os atendimentos em ortopedia, que são terceirizados.
Além do aumento do prazo para pagamento da dívida e a consequente diminuição do valor mensal pelo hospital, a reunião serviu para articular a obtenção de novas linhas de créditos pelo Hospital Santo Amaro. Para o vice-presidente corporativo da Caixa, as duas opções são viáveis. Antônio Carlos Ferreira explica: “Há viabilidade. O Santo Amaro se enquadra perfeitamente no perfil desejado pelas nossas linhas de crédito, até pela sua abrangência de atendimento e importância para a Baixada Santista”.
Para o presidente da mantenedora do hospital, as medidas trazem um fôlego fundamental para a continuidade do atendimento. “As linhas de crédito pelo Caixa Hospitais e ainda as possibilidades oferecidas pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) nos dão a oportunidade de recuperar a capacidade de investimento no setor de internação, além da manutenção da oferta de leitos à população mais carente”, afirmou Urbano Bahamonde.
O deputado Marcelo Squassoni confia que os pleitos do HSA serão atendidos pela Caixa o mais breve possível. “Vivemos em Brasília um momento de total apoio a iniciativas com vistas a salvar as Santas Casas de todo o Brasil, que correm sério perigo. A Caixa demonstra que vai olhar pelo Santo Amaro, tanto renegociando a dívida quanto disponibilizando nova linha de crédito, o que é essencial para sanear as finanças e manter o atendimento em saúde, do qual a população Guarujá e as cidades vizinhas dependem tanto”.
Equacionar as pendências financeiras é uma das condições exigidas para a obtenção de todas as certificações exigidas pelo governo federal para o pagamento de emendas parlamentares. Squassoni indicou, em março deste ano, R$ 7 milhões para o Santo Amaro aplicar em reformas e novos equipamentos, valor que deverá ser repassado entre o final de 2015 e o início de 2016.
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