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Bolsonaro mantém silêncio em primeira aparição após derrota nas urnas

Presidente foi a formatura de 395 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman); comandante do Exército agradeceu a presença de Bolsonaro e afirmou que ele é uma referência para os formandos, por conta da “sua dignidade, seu culto à família, seu amor ao Brasil e inabalável fé em Deus”

Da redação
Publicado em 27/11/2022, às 11h48 - Atualizado às 11h48

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Presidente foi a formatura de 395 cadetes da Aman Jair Bolsonaro - Foto: Estadão
Presidente foi a formatura de 395 cadetes da Aman Jair Bolsonaro - Foto: Estadão

Quase um mês após ser derrotado no segundo turno das eleições presidenciais por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve, neste sábado (26), seu primeiro compromisso público após as eleições.

Em Resende, no Rio de Janeiro, ele participou da formatura de 395 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas não discursou nem falou com a imprensa.

O comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, agradeceu a presença de Bolsonaro e afirmou que ele é uma referência para os formandos, por conta da “sua dignidade, seu culto à família, seu amor ao Brasil e inabalável fé em Deus”.

O evento em que o presidente participou é chamado de Cerimônia do Aspirantado, na qual os aspirantes do Exército recebem a espada de oficial da força. O presidente entregou a espada de oficial ao formando que ficou em primeiro lugar geral na turma.

Bolsonaro acompanhou a cerimônia ao lado do vice-presidente, general da reserva Hamilton Mourão, e de ministros, como o titular da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Isolamento no Alvorada

Nas últimas semanas após o segundo turno das eleições, Bolsonaro se isolou a maior parte do tempo no Palácio da Alvorada, onde recebeu aliados e ministros. Ele retornou ao Palácio do Planalto pela primeira vez em 20 dias na quarta-feira, 23. O presidente também diminuiu consideravelmente as publicações nas redes sociais.

A ausência de Bolsonaro em compromissos públicos e no Palácio do Planalto seria decorrente de uma ferida na perna agravada por erisipela, segundo o vice-presidente Mourão.

Isso também explicaria o motivo de o chefe do Executivo não ter comparecido à COP-27, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas realizada no Egito.

Na semana passada, o PL, partido de Bolsonaro, entrou com uma ação noTribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação dos votos de 279,3 mil urnas eletrônicas, sob a justificativa de que houve "mau funcionamento" do sistema. Para a sigla, o presidente teve 51,05% dos votos no segundo turno e venceu a disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva, já oficializado vencedor do pleito.

A ação, entretanto, foi julgada como uma atitude de má-fé pelo ministro do TSE, Alexandre de Moraes, que determinou uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL.

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