Petista convocou uma coletiva de imprensa uma hora antes do jogo do Brasil na Copa do Mundo e divulgou os seis primeiros nomes que irão compor sua equipe a partir de janeiro
Lenildo Silva
Publicado em 09/12/2022, às 11h13 - Atualizado às 11h41
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou no fim da manhã de hoje (9) os nomes dos primeiros ministros que irão compor sua equipe a partir de janeiro; são os da chamada "cota pessoal", ou seja, escolhidos de confiança e blindados da disputa política entre os partidos aliados.
Ministério da Fazenda: Fernando Haddad (PT)
Ministério da Casa Civil: Rui Costa (PT)
Ministério da Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB)
Ministério da Defesa: José Múcio Monteiro
Ministério das Relações Exteriores: Mauro Vieira
“Tomei a decisão [de anunciar os primeiros nomes] porque preciso que algumas pessoas já comecem a trabalhar”, afirmou Lula.
O único ausente na cerimônia de anúncio era o embaixador Mauro Vieira que está na Croácia. “O Brasil precisa voltar a ter uma política externa ativa”, declarou o presidente elito.
Ele comentou a ausência de mulheres e negros entre as primeiras indicações: “Vai chegar uma hora que vocês vão ver mais mulheres do que homens aqui e a participação de companheiros afrodescendentes aqui.”
A diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), será na segunda-feira (12) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já a posse do novo chefe do Executivo do Brasil será realizada no dia 1º de janeiro de 2023, um domingo.
Tradicionalmente, logo na manhã do dia da posse do presidente ocorre uma missa na Catedral de Brasília; em seguida, há o desfile em carro aberto que é uma das etapas mais aguardadas de todo o ritual.
Após a missa, o presidente eleito, normalmente acompanhado pela primeira-dama, é conduzido no Rolls Royce presidencial até o Congresso Nacional em um percurso de pouco menos de dois quilômetros.
No Congresso Nacional, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, receberão Lula.
Na presença de deputados, senadores e convidados, Lula e Alckmin devem participar da sessão solene do Compromisso Constitucional. Assim, se comprometem a “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”.
Eles assinam o termo de posse e tornam-se presidente e vice-presidente da República. Ou seja, este é o momento solene que empossa Lula e Alckmin oficialmente.
Lula deve fazer seu discurso como presidente empossado ali mesmo no Congresso Nacional. Em geral, este é um discurso longo e bastante formal.
Depois do discurso, o presidente deixa o Congresso Nacional e segue para a parte externa do Palácio do Planalto novamente no carro oficial. O percurso é de 1,5 km.
Neste momento, começa o ritual mais esperado da posse: a transmissão da faixa presidencial. Isto é, a faixa tradicionalmente passa das mãos do antigo presidente para o recém-empossado.
Na primeira vitória de Lula, em 2002, ele recebeu a faixa do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Naquela ocasião, a posse contou com uma plateia estimada de 150 mil pessoas.
Apesar de FHC ter sido seu adversário por muitos anos, foi um dos grandes apoiadores de Lula na última eleição.
Eleito, empossado e já exibindo a faixa presidencial, Lula deve se encaminhar ao parlatório do Palácio do Planalto para discursar ao público presente. Em geral, esse discurso é mais curto e informal do que aquele proferido no Congresso Nacional.
Posteriormente, o presidente segue para recepcionar as autoridades internacionais que estiverem presentes. Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, já confirmou presença. E a expectativa é de que a cerimônia reúna as principais personalidades da política internacional.
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