TRAGÉDIA

Três profissionais do Médicos Sem Fronteiras são brutalmente assassinados na Etiópia

Região do país africano vive um conflito armado, que provocou o deslocamento de milhares de pessoas e destruiu o sistema de saúde local

Da redação
Publicado em 26/06/2021, às 09h53 - Atualizado às 10h17

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Médicos Sem Fronteiras - Reprodução/Médicos Sem Fronteiras
Médicos Sem Fronteiras - Reprodução/Médicos Sem Fronteiras

Três profissionais do Médicos Sem Fronteiras (MSF) que atuavam na assistência à população de Tigré, na Etiópia, foram assassinados, nesta quinta-feira (24).

Desde o início de novembro de 2020, a região do país africano vive um conflito armado, que provocou o deslocamento de milhares de pessoas e destruiu o sistema de saúde local.

No início de março, MSF denunciou um ataque deliberado a instalações de saúde, que foram saqueadas e destruídas, limitando ainda mais os atendimentos médicos à população.

Em nota o MSF disse: “Hoje é um dia terrível de luto. Condenamos fortemente o ataque que custou a vida de três de nossos colegas, María, Yohannes e Tedros, e causa um enorme sofrimento a seus familiares e entes queridos. Eles trabalhavam em Tigré, região norte da Etiópia abalada por conflitos armados. Nada que possamos escrever servirá para expressar toda nossa tristeza e indignação. Transmitimos nosso pesar mais profundo e condolências às suas famílias e entes queridos”.

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María Hernández era uma das coordenadoras de emergência em Tigré, Yohannes Halefom Reda era assistente de coordenação e Tedros Gebremariam Gebremichael trabalhava como motorista. MSF perdeu contato com eles e com o veículo em que viajavam na tarde de quinta-feita. Na manhã de sexta-feira (25), o veículo foi encontrado vazio e, a alguns metros de distância, seus corpos sem vida.

María Hernández, tinha 35 anos e era de Madri (Espanha), iniciou seu trabalho no Médicos Sem Fronteiras em 2015 na República Centro-Africana e desde então havia trabalhado no Iêmen, México e Nigéria.

Yohannes Halefom Reda, assistente de coordenação etíope, tinha 31 anos e havia ingressado na organização em fevereiro. Tedros Gebremariam Gebremichael, também etíope de 31 anos, trabalhava desde maio como motorista do MSF.

Ainda em nota o MSF completou: “As mortes de María, Yohannes e Tedros são um golpe devastador para todas as pessoas que fazem parte de nossa organização tanto na Etiópia como no resto dos países onde MSF atua. Compartilhamos com profunda tristeza, indignação e consternação e sentimos imensamente por suas famílias”.

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