MENSAGENS DE ÓDIO

“Não há indícios de vazamento”, garante Ifood após alterações em nomes de restaurantes

Nomes de estabelecimentos foram alterados para mensagens de apoio a Bolsonaro, bordões negacionistas e insultos a figuras políticas de esquerda

Da redação
Publicado em 03/11/2021, às 12h50 - Atualizado às 16h01

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Nomes de restaurantes alterados para termos de apio a Bolsonaro, bordões negacionistas como "Vacina mata", e insultos a figuras públicas da esquerda Capa - “Não há indícios de vazamento”, garante Ifood após nomes de restaurantes serem alterados - Imagem: reprodução / web
Nomes de restaurantes alterados para termos de apio a Bolsonaro, bordões negacionistas como "Vacina mata", e insultos a figuras públicas da esquerda Capa - “Não há indícios de vazamento”, garante Ifood após nomes de restaurantes serem alterados - Imagem: reprodução / web

A mega rede de entregas de comida por aplicativo, Ifood, afirmou que “não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais de clientes ou entregadores cadastrados na plataforma”, na madrugada desta quarta-feira (3), no Twitter.

Horas antes, no dia 2, restaurantes tiveram seus nomes alterados na plataforma para termos como “Bolsonaro 2022”, ofensas a figuras da esquerda como o ex-presidente Lula ou a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, e bordões negacionistas como “Vacina Mata”.

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O acontecimento levou o nome do Ifood a um dos assuntos mais comentados do Twitter. Entre associações dos ataques a figuras suspeitas de integrarem o dito gabinete do ódio, como o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, pulularam nas redes sociais rumores de que hackers bolsonaristas haviam invadido a plataforma. Os rumores, porém, foram prontamente negados pela empresa.

O aplicativo de entregas afirmou que “cerca de 6% dos restaurantes cadastrados tiveram seus nomes alterados” e que “o incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida”.

A startup também afirmou que o acesso da prestadora de serviço “foi imediatamente interrompido” e que não houve vazamento de dados dos clientes ou dos entregadores.

O caso ocorre dias depois que a empresa - que adota um posicionamento de relações públicas antirracista - interromper o patrocínio ao Flow, um dos maiores podcasts brasileiros, após Monark, um de seus integrantes, ser defenestrado nas redes sob acusações de propagar apologias ao racismo disfarçadas de opinião. 

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