NA JUSTIÇA

MP do Rio denuncia Flávio Bolsonaro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Se a denúncia do Ministério Público for aceita, Flávio Bolsonaro e seus ex-assessores se tornarão réus; Juntos do filho do presidente Jair Bolsonaro, foram denunciados 16 ex-assessores, incluindo o ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema criminoso

Da redação
Publicado em 04/11/2020, às 10h28 - Atualizado às 10h32

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Imagem: reprodução / web
Imagem: reprodução / web

O ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo Ministério Público do Rio. A denúncia se dá após dois anos de investigação do caso Queiroz, em que são investigadas as ‘rachadinhas’ supostamente praticadas por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.

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Juntos do filho do presidente Jair Bolsonaro, foram denunciados 16 ex-assessores, incluindo o ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema criminoso.  

Se a denúncia do Ministério Público for aceita, Flávio Bolsonaro e seus ex-assessores se tornarão réus. O caso agora denunciado foi revelado pela imprensa no dia 6 de dezembro de 2018, após relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) constatar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, no período de um ano, na conta de Queiroz.

Queiroz, denunciado como operador do esquema, está atualmente em prisão domiciliar. Ele ficou durante um mês detido na penitenciária de Bangu, no Rio, quando conseguiu um habeas corpus. O ex-assessor foi encontrado numa casa de Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro, em  Atibaia. Junto de mensagens obtidas pelo MP, a fuga de Queiroz foi considerada prova de que o grupo buscava se esconder das investigações.  

De acordo com a denúncia do MP apresentada à Justiça, Flávio teria se apropriado do dinheiro público da remuneração de seus assessores, o que caracteriza a ‘’rachadinha’’. Depois a organização criminosa efetuava a lavagem desse dinheiro. Esperava-se que a denúncia fosse apresentada desde o início do ano, no entanto, uma série de chicanas jurídicas, sobretudo relacionadas ao foro de senador de Flávio Bolsonaro, prorrogaram o andamento do caso.

Flávio é denunciado por três crimes. Peculato, que é o desvio de dinheiro público; lavagem de dinheiro, que é tornar legal o dinheiro ilegal por meio de operações financeiras; e organização criminosa.

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