CONSCIENTIZAÇÃO

Mês das mulheres: Março Lilás conscientiza sobre o câncer de colo de útero

“Março Lilás” é o mês de conscientização sobre o câncer de colo uterino. A campanha é um lembrete às mulheres sobre a importância do exame Papanicolau como também da vacina contra HPV

Da redação
Publicado em 07/03/2023, às 15h00 - Atualizado às 15h42

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“Março Lilás” é o mês de conscientização sobre o câncer de colo uterino Março Lilás - Reprodução UNIT
“Março Lilás” é o mês de conscientização sobre o câncer de colo uterino Março Lilás - Reprodução UNIT

Estudos sobre o câncer de colo do útero, associam o aparecimento da doença principalmente à infecção pelo Papilomavírus Humano, o HPV, vírus transmitido na grande maioria das vezes pela atividade sexual.

Outros fatores relacionados ao aumento do risco de desenvolvimento desse tumor são: início precoce de atividade sexual, multiplicidade de parceiros, história familiar de tumores, tabagismo, higiene inadequada e imunidade comprometida.

Apesar de uma grande porcentagem de mulheres se infectarem por HPV, a grande maioria se cura espontaneamente e somente um pequeno número delas apresentará as chamadas lesões precursoras chamadas de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), lesões essas que, se não tratadas, poderão evoluir para tumores invasores. Essas lesões são mais comuns em mulheres jovens.

Para conscientizar a população sobre a doença, a campanha Março Lilás, realizada pelas secretarias de saúde dos municípios paulistas, alerta para que mulheres se atentem para a prevenção e também para a detecção precoce do câncer de colo de útero.

Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres brasileiras, atrás do câncer de mama e colorretal e a quarta causa de morte entre as mulheres por câncer no Brasil, foram estimados cerca de 16 mil novos casos dessa neoplasia no ano de 2020, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Esta incidência é três vezes mais alta do que as registradas nos Estados Unidos e na Austrália.

Sinais e sintomas

O câncer de colo de útero possui um desenvolvimento lento, sem causar sintomas na fase inicial. No entanto, em casos mais avançados o tumor pode causar:

1- Corrimento vaginal anormal, com coloração e odores incomuns;

2- Sangramento vaginal durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa;

3- Dor durante a relação sexual ou na pelve;

4- Problemas urinários ou intestinais;

5- Perda de peso involuntária;

6- Anemia, devido ao sangramento frequente;

7- Dores nas costas ou nas pernas.

Detecção precoce

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, ou através do exame preventivo (Papanicolau).

Exame

O exame Papanicolau ou exame de prevenção como é popularmente conhecido, detecta alterações celulares no colo do útero. O principal objetivo do exame é fazer essa detecção de forma precoce, evitando assim o surgimento de lesões mais graves ou o câncer no colo do útero em estágios mais avançados.

Este exame é realizado rotineiramente em postos de saúde por enfermeiras como também pode ser feito por médicos ginecologistas em unidades de saúde públicas ou particulares.

Prevenção

A transmissão do vírus HPV, responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero, é decorrente de relações sexuais e a medida preventiva mais recomendada para evitar esse tipo de vírus (além de outras doenças sexualmente transmissíveis) é o uso da camisinha.

O principal meio de prevenção contra o câncer de colo de útero é o exame Papanicolau, que detecta lesões precursoras e acusa a presença da doença no organismo de maneira rápida e simples.

O ideal é que mulheres entre 25 e 65 anos de idade que tem/tiveram uma vida sexual ativa realizem o exame preventivo a cada três anos caso os resultados sejam normais. Agora, se houver a presença do tumor, será necessário repetir o exame com maior frequência.

Quem deve fazer o exame preventivo

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade. Para maior segurança do diagnóstico, os exames devem ser feitos anualmente.

Vacinação contra o HPV

O Ministério da Saúde disponibiliza a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.

Tratamento

Entre os tratamentos mais recomendados está a cirurgia, a radioterapia ou em condições mais graves, a quimioterapia. Cada caso deve ser avaliado e acompanhado por um médico para receber o tratamento adequado de acordo com o tamanho do tumor, seu estágio e fatores como a idade.

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