MELANCIA DE OURO

Melancia a quase R$ 75 revolta internautas

Pesquisa da Febraban com mulheres das cinco regiões brasileiras mostra que expectativa de uma melhora rápida da economia é baixa

Esther Zancan
Publicado em 21/03/2022, às 14h53 - Atualizado às 16h01

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Flagrante do preço exorbitante foi feito em um sacolão da capital paulista Melancia a quase R$ 75 revolta internautas Placa mostra unidade da melacnia a R$ 74,90 em sacolão de São Paulo - Reprodução/ São Paulo da Depressão
Flagrante do preço exorbitante foi feito em um sacolão da capital paulista Melancia a quase R$ 75 revolta internautas Placa mostra unidade da melacnia a R$ 74,90 em sacolão de São Paulo - Reprodução/ São Paulo da Depressão

A crise econômica já vinha castigando o bolso do brasileiro há algum tempo. Depois do início do conflito entre Rússia e Ucrânia e o aumento dos combustíveis, parece que a coisa degringolou de vez. Mesmo com todas essas questões, nada prepara as pessoas para encontrarem melancias a quase R$ 75 a unidade nos mercados.

Uma foto publicada na página do Facebook “São Paulo da Depressão” neste fim de semana mostra que em um sacolão localizado na zona oeste da capital paulista, a unidade da melancia estava R$ 74,90. E os comentários dos internautas eram de pura revolta, mostrando que o preço estratosférico dos hortifrutis não era um caso isolado.

“Tomate na feira aqui está 10 o quilo, a alface 4 um pé minúsculo, brócolis 8, couve flor 10, banana 7, até o peixe subiu, tá difícil demais ter uma alimentação saudável”, “Tudo um absurdo, ir no mercado se tornou frustrante”, “Surreal o preço dos alimentos nas feiras livres” e “Devem ter digitado o preço errado, porque não é possível existir uma melancia nesse valor” foram alguns dos comentários na postagem, que lembraram que nem só a melancia está com o preço chegando quase na Estação Espacial Internacional.

Pesquisa Febraban

Segundo uma pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a maioria das entrevistadas (a pesquisa foi feita apenas com mulheres, das cinco regiões brasileiras), apontou que a inflação sob o consumo de alimentos é o item que mais tem impactado em suas vidas.

Ao todo, 93% também disseram que o preço dos produtos aumentou muito em relação a 2021. E, a perspectiva para o futuro não é das melhores. A maioria também crê que os principais aspectos econômicos vão piorar nos próximos seis meses e, 44% acreditam que a vida financeira e familiar só vai se recuperar após 2022.

Ainda segundo a pesquisa, que foi realizada entre os dias 19 de fevereiro e 2 de março, 60% das entrevistadas não acreditam em uma recuperação da economia brasileira ainda este ano. Mais da metade crê que o Brasil só volte a crescer a partir de 2023. 

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