SP EM ALERTA

Hepatite misteriosa em SP: sete casos suspeitos são investigados

Suspeitas da doença, que afeta especialmente crianças, foram identificadas na capital, em Fernandópolis e São José dos Campos. Europa tem cerca de 300 ocorrências em 25 países

Da redação
Publicado em 09/05/2022, às 16h45 - Atualizado em 10/05/2022, às 09h10

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Apesar dos sintomas da hepatite, vírus comuns da doença não foram detectados nos infectados Hepatite misteriosa afeta fígado de crianças na Europa; OMS emite alerta Raio X - Imagem: Reprodução / Istock
Apesar dos sintomas da hepatite, vírus comuns da doença não foram detectados nos infectados Hepatite misteriosa afeta fígado de crianças na Europa; OMS emite alerta Raio X - Imagem: Reprodução / Istock

A hepatite misteriosa, que há um mês deixou órgãos de saúde da Europa em alerta, agora preocupa os órgãos de saúde de São Paulo. A Secretaria Estadual de Saúde investiga sete casos suspeitos que, sem se enquadrar nas características clínicas comuns da doença, afeta sobretudo crianças.

Até a última sexta (7), disse a Saúde estadual, dois dos sete pacientes estavam internados. O órgão afirma que espera a conclusão de exames diagnósticos para confirmar as suspeitas. Os casos foram identificados na capital, Fernandópolis e São José dos Campos.

Junto dos casos paulistas, chegam a 16 os casos em investigação no país, seis deles no Rio de Janeiro e dois no Paraná.  

Dezenas de casos da hepatite misteriosa registrados na Europa fizeram com que a OMS (Organização Mundial de Saúde) emitisse um alerta, há pouco menos de um mês, em 15 de abril,

Em comunicado, o órgão multinacional alertou para uma dezena de casos graves na Escócia notificados pelo Reino Unido em 5 de abril. Três dias depois, o número subiu para 74 casos. De lá pra cá, a quantidade de casos registrados subiu para cerca de 300, em 25 países, a maioria da União Europeia.

No Brasil, a notificação da hepatite é compulsória. Isto é, estados e municípios devem, obrigatoriamente, informar as ocorrências e as suspeitas para o Ministério da Saúde.

Apesar das crianças apresentarem sintomas comuns de hepatite - como coloração amarelada da pele (icterícia) dores abdominais, diarreia e vômitos – não foram detectados os vírus comuns da doença nos menores infectados.

Além da hepatite autoimune - em que o próprio sistema imunológico do corpo ataca o fígado - existem cinco tipos de vírus que causam a hepatite (A, B, C, D e E). No entanto, nenhum dos vírus causadores foram detectados nos pacientes. 

Na Europa, as autoridades de Saúde investigam se há alguma relação da hepatite misteriosa com o adenovírus, contraído por parte das crianças.

Nelas, o adenovírus causa resfriados, problemas respiratórios, conjuntivite e até problemas digestivos. A hipótese de uma queda da imunidade das crianças em razão do isolamento da pandemia também não foi descartada no continente.

A relação da doença com outros vírus, incluindo o Sars-CoV-2, também é investigada. Desde o primeiro alerta da OMS, as autoridades de Saúde apontam que não há evidências que indiquem relação da hepatite misteriosa com a vacina contra a covid-19. 

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