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Gasolina a R$ 3,60 volta à tona e viraliza na internet: 'Parabéns para quem votou na Dilma'

Post em que um homem questionava o valor do combustível a R$ 3,60 viralizou seis anos depois quando a gasolina está sendo vendida a R$ 7

Da redação
Publicado em 11/11/2021, às 14h25 - Atualizado às 16h00

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Gasolina a R$ 3,60 volta à tona e viraliza na internet Gasolina a R$ 3,60 volta à tona e viraliza na internet: 'Parabéns para quem votou na Dilma' - Imagens: Reprodução Face Book
Gasolina a R$ 3,60 volta à tona e viraliza na internet Gasolina a R$ 3,60 volta à tona e viraliza na internet: 'Parabéns para quem votou na Dilma' - Imagens: Reprodução Face Book

Uma publicação sobre o preço da gasolina publicada no dia 9 de novembro de 2015 viralizou nas redes sociais na última semana, no post um homem questionava o valor do combustível e as pessoas que votaram na ex presidente Dilma Rousseff (PT). 

“Assim fica difícil de trabalhar. Parabéns para quem votou na Dilma!”, dizia a legenda acompanhada da foto de uma tabela de preços em um posto de gasolina.

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Há época muitos concordaram com o homem e comentaram: “E maninho aí ainda tem ‘gasoza’ (sic) e aqui que não tem mais, e os postos que têm estão vendendo a R$ 4 é veii...(sic)”, disse um internauta.

Há exatos seis anos e dois dias da publicação, o assunto veio à tona e virou 'meme' nas redes sociais, centenas de comentários foram feitos na publicação original, já os compartilhamentos passam dos 29 mil. “Tem publicação que envelhece como vinho, que deguste...”, escreveu um internauta na tarde desta quinta-feira (11).

“Nessa época andava só na gasolina oh saudade, e nós achávamos caro, realmente era pela época, mas hoje em dia extrapolou, em janeiro era três reais o etanol agora tá quase seis. Esse era o mito que vocês queriam?”, questionou outro, referindo-se ao atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).

Preço da gasolina 2015 x 2021

A gasolina ultrapassou a barreira dos R$ 4 nos postos de gasolina em dezembro de 2017 e, desde então, sobe de forma contínua e gradativa em todo o país. Influenciada pelo aumento do dólar e do petróleo, a escalada de preços dos combustíveis se intensificou neste mês, irritou consumidores e motivou uma greve de caminhoneiros no maior complexo portuário da América Latina, o Porto de Santos.

A variação é reflexo da política de preços vigente desde 2016 na Petrobras, que passou a acompanhar as oscilações internacionais. Até 2015, os preços da gasolina e do diesel eram influenciados por decisões do governo, que chegou a usá-los como instrumento para controlar a inflação, com prejuízo bilionário para o caixa da estatal.

Por que o preço subiu tanto?

Desde julho do ano passado, quando os preços da Petrobras passaram a acompanhar as oscilações internacionais, a variação do dólar e da cotação do petróleo são as principais influências sobre o valor praticado nas refinarias. Hoje, a trajetória desses dois preços é desfavorável para os consumidores de combustível brasileiros,

Como era antes?

Entre 2011 e 2015, a variação dos preços internacionais era repassada de forma defasada aos preços dos combustíveis no país, um mecanismo usado pelo governo para tentar segurar o aumento da inflação.

Quando a conjuntura internacional era desfavorável, a Petrobras chegou a importar combustível mais caro e vendê-lo mais barato no mercado interno.

Essa diferença gerou uma série de prejuízos para o caixa a estatal - uma conta que passou de R$ 75 bilhões no fim de 2014. A política orientada para o controle da inflação é apontada como uma das principais responsáveis pelo alto nível de endividamento da Petrobras no período, que chegou a US$ 124 bilhões.

Como é formado o preço da gasolina?

Os valores praticados pela Petrobras são aproximadamente um terço do preço pago pelo consumidor nos postos. Do total, 11% é o custo do etanol, que, por lei, deve compor 27% da gasolina comum, e 12% corresponde aos custos e lucro dos distribuidores, conforme os cálculos da Petrobras, que levam em conta a coleta de preços entre os dias 6 e 12 de maio em 13 regiões metropolitanas do país.

Cerca de 45% são tributos, sendo 29% ICMS, recolhido pelos Estados, e 16% Cide e Pis/Cofins, de competência da União.

Os tributos federais são cobrados como um valor fixo por litro - o de Pis/Cofins, por exemplo, é de R$ 0,7925 por litro de gasolina; a Cide, de R$ 0,10 por litro.

O ICMS, por sua vez, é um percentual sobre o preço de venda - ou seja, cada vez que ele sobe, os estados recolhem mais impostos.

Bolsonaro tem evitado responsabilizar o governo e minimizado a alta do preço dos combustíveis. No final de agosto, o presidente disse a apoiadores: "A gasolina tá barata, o gás de cozinha tá barato. O pessoal tem que entender a composição do preço. Acabam me culpando por tudo o que acontece no Brasil".

Na semana anterior, Bolsonaro afirmou que o Governo Federal não é o responsável pela elevação da gasolina do país. "Vamos ver quem está sendo vilão nessa história. Não é o Governo Federal", disse em discurso durante cerimônia em Manaus (AM).

Sem citar São Paulo ou os demais estados, Bolsonaro fez referência ao ICMS, imposto sobre mercadorias e serviços, que é um tributo estadual e que faz parte do cálculo de definição de quanto a gasolina irá custar para o consumidor final.

As pessoas que defendem o atual governo também foram a publicação da gasolina a R$ 3, 60 e explicaram o porque do preço.

“Salário mínimo era R$ 788,00 nessa época se fizer a porcentagem do valor da gasolina em cima do salário mínimo que era nessa época e que é hoje, em comparação o valor é quase o mesmo, sendo ainda que, passamos por uma pandemia onde a crise se agravou em todo o mundo. O PT não tinha pandemia e mesmo assim os valores e gastos se equivalem com os de hoje”, explicou Cristiano Moura.

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