Fábio Assunção vai à velório da menina Ágatha e tuita. Internautas reagem

Após passeata, ator publicou sua opinião sobre o caso nas redes sociais causou polêmica no Twitter

Da Redação
Publicado em 23/09/2019, às 10h08 - Atualizado em 24/08/2020, às 06h04

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reprodução/Twitter
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O ator Fábio Assunção causou polêmica nas redes sociais após postar, no domingo, 22, um texto com a sua opinião sobre a morte da menina Ágatha Vitória Félix, de oito anos, atingida nas costas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Segundo familiares da criança, policiais dispararam contra uma moto que passava pelo local, e um dos tiros pegou em Ágatha, que estava dentro de uma perua. A PM diz que reagiu à agressão de criminosos. 

O tema também foi motivo polêmica em postagem do ministro Gilmar Mendes, que causou revolta entre os internautas.

Sei o que pensa uma parte da população. E venho aqui de novo dar minha cara a tapa. Mas, independentemente do que pensa esse grupo que enaltece a morte, eu sinto amor e estive no Alemão hoje... https://t.co/JN7u6LuHzy

— Fabio Assunção (@FabioAssuncao) September 22, 2019

Em resposta à postagem do ator, várias pessoas se manifestaram, inconformadas. 

"O culpado pela mortes não é a polícia e nem o traficante e sim quem os financiam os usuários de drogas onde entra o dinheiro para compras de armas ilegais onde sãos usados em assaltos e para enfrentamento com a polícia"

O culpado pela mortes não é a polícia e nem o traficante e sim quem os financiam os usuários de drogas onde entra o dinheiro para compras de armas ilegais onde sãos usados em assaltos e para enfrentamento com a polícia

— Anderson⛅⚽ 🇧🇷🇺🇦🥛🎮🏎️🏁 (@Ursulinonn) September 23, 2019

Ninguém enaltece uma morte. Mas quem financia o tráfico está pouco se lixando pra essas mortes.

Ninguém enaltece uma morte. Mas quem financia o tráfico está pouco se lixando pra essas mortes. Hipocrisi@ tem perfil no tt agora.

— Mortadela Dávila (@MortadeladAvila) September 23, 2019

Você é um homem nobre. Parabéns por ser quem é. 

Você é um homem nobre. Parabéns por ser quem é.

— Ouviram do Ipiranga as margens flácidas (@barretonessa) September 22, 2019

Em seu Instagram, também compartilhado em seu perfil no Twitter, ele postou o seguinte texto:

Sei o que pensa uma parte da população. E venho aqui de novo dar minha cara a tapa. Mas, independentemente do que pensa esse grupo que enaltece a morte, eu sinto amor e estive no Alemão hoje. Solidário, empático com a dor coletiva e marcando a posição que acredito. Que é a urgência em nos reconhecermos entre aqueles de quem aprendemos manter distância. Aprendemos que os pobres são perdedores, que os pretos são perigosos e que os ricos venceram. Será que não conseguiremos romper essa educação colonial e entender agora que somente o coletivo, a soma e a diversidade podem nos trazer alegria?? Hoje caminhando ali percebi que tinha pouca gente no cortejo. Percorri as ruas com moradores e moradoras chorando ou em silêncio. Existiam ali amor e tristeza. Ruas cheias de buracos, casas sem fachada, obras paradas, esgoto a céu aberto. O morador da periferia e da comunidade não merece viver? Está ali apenas para servir às classes que herdaram algo ou aos que tiveram chance de conquistar uma moradia silenciosa, aos que não dormem ao som dos tiroteios? Agatha tinha 8 anos. Uma criança de 8 anos ainda é pura, ainda está na categoria de anjo, na minha percepção. Minha filha tem 8. Meu filho já teve. Essa guerra em vigor é uma guerra inútil, onde todos perdem. Todos. Policiais em serviço morrem. Cidadãos de bem morrem. Crianças morrem. Quem teve a sorte de não estar na linha de tiro pode se posicionar também. Amorosa e pacificamente. Talvez isso não aconteça amanhã, mas o tempo há de nos levar pelo caminho da admiração mútua, pois todos precisam de amor, de afeto e de oportunidade de crescer. E todos são maravilhosos, cheios de força e talento pra botar pra fora. Falta apenas um olhar. Morador pobre de comunidade não é coitado. Coitados são aqueles que desprezam a vida do outro. 🐨🐨🖤🖤💛💛💛💛💛💛

Uma publicação compartilhada por Fabio Assunção (@fabioassuncaooficial) em 22 de Set, 2019 às 3:53 PDT

"Sei o que pensa uma parte da população. E venho aqui de novo dar minha cara a tapa. Mas, independentemente do que pensa esse grupo que enaltece a morte, eu sinto amor e estive no Alemão hoje. Solidário, empático com a dor coletiva e marcando a posição que acredito. Que é a urgência em nos reconhecermos entre aqueles de quem aprendemos manter distância. Aprendemos que os pobres são perdedores, que os pretos são perigosos e que os ricos venceram. Será que não conseguiremos romper essa educação colonial e entender agora que somente o coletivo, a soma e a diversidade podem nos trazer alegria?? Hoje caminhando ali percebi que tinha pouca gente no cortejo. Percorri as ruas com moradores e moradoras chorando ou em silêncio. Existiam ali amor e tristeza. Ruas cheias de buracos, casas sem fachada, obras paradas, esgoto a céu aberto. O morador da periferia e da comunidade não merece viver? Está ali apenas para servir às classes que herdaram algo ou aos que tiveram chance de conquistar uma moradia silenciosa, aos que não dormem ao som dos tiroteios? Agatha tinha 8 anos. Uma criança de 8 anos ainda é pura, ainda está na categoria de anjo, na minha percepção. Minha filha tem 8. Meu filho já teve. Essa guerra em vigor é uma guerra inútil, onde todos perdem. Todos. Policiais em serviço morrem. Cidadãos de bem morrem. Crianças morrem. Quem teve a sorte de não estar na linha de tiro pode se posicionar também. Amorosa e pacificamente. Talvez isso não aconteça amanhã, mas o tempo há de nos levar pelo caminho da admiração mútua, pois todos precisam de amor, de afeto e de oportunidade de crescer. E todos são maravilhosos, cheios de força e talento pra botar pra fora. Falta apenas um olhar. Morador pobre de comunidade não é coitado. Coitados são aqueles que desprezam a vida do outro."

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