Governador de SP afirma que estado recebeu 228 mil de 556 mil na última remessa do Plano Nacional e protestou contra desfalque; mandatário de SP vai processar Ministério da Saúde
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusou o Ministério da Saúde de “querer punir” os paulistas em protesto divulgado em suas redes sociais no final da tarde desta quarta-feira (4).
Mais cedo, em coletiva de imprensa na sede do governo, Doria havia denunciado que o estado tinha direito a 556 mil doses, mas recebeu apenas 228 mil no último envio de doses do Programa Nacional de Imunização, gerido pelo Ministério. Com o desfalque, o cronograma de imunização de agosto pode atrasar em SP, alertou o governador na coletiva.
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No mesmo dia, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, respondeu que as doses foram enviadas de acordo com tripartite e acusou Doria, sem citar seu nome, de “estar sempre reclamando”.
Doria então, elevou o tom. Nas redes sociais, o governador afirmou que “O Ministério da Saúde não pode boicotar SP”, e exigiu o envio imediato das doses que faltam.
“São Paulo é o estado que mais vacina no Brasil. E agora o Ministério da Saúde quer punir São Paulo, punir os paulistas. Registro aqui o meu protesto, em nome de São Paulo, em nome dos paulistas, em nome dos brasileiros que vivem aqui e solicito, para não dizer exijo, que o Ministério da Saúde entregue imediatamente as doses das vacinas que cabem a São Paulo”, exigiu o governador.
https://www.facebook.com/jdoriajr/videos/5952359868138655/
Também ontem, à agência Reuters, autoridades estaduais afirmaram que foram pegas de surpresa com a remessa desfalcada, enviada com menos de 50% das doses sem explicações do Ministério da Saúde.
Doria e Bolsonaro (sem partido), aliados nas eleições de 2018, quando ambos foram alçados a seus atuais cargos, agora são ferrenhos inimigos políticos. Constantemente, as vacinas ocupam o centro da disputa entre ambos, com Doria se sobressaindo como um dos principais críticos da gestão federal da pandemia.
Nesta quinta-feira, o governador elevou o tom ainda mais e decidiu judicializar o imbróglio. Ele autorizou a Procuradora-Geral de São Paulo a entrar com uma ação na Justiça contra o Ministério da Saúde ainda esta semana.
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