TRABALHO E EMPREGO

Desemprego cai, mas trabalho sem carteira atinge recorde histórico

Desocupação diminuiu 0,8% em outubro, aponta Pnad Contínua. Com alta de 2,3%, número de trabalhadores sem carteira assinada chega a 13,4 milhões de pessoas

Da redação
Publicado em 30/11/2022, às 12h38 - Atualizado às 13h01

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Carteira de trabalho Diversas carteiras de trabalho - Imagem: Reprodução
Carteira de trabalho Diversas carteiras de trabalho - Imagem: Reprodução

No último trimestre, de agosto a outubro, a taxa de desocupação ficou em 8,3%, apontam números da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados hoje (30) pelo IBGE. O número corresponde a 9 milhões de pessoas.

Pela medição, o número de desempregados é o menor desde julho de 2015. Percentualmente, a taxa de 8,3% de desocupados é a menor desde 2014.

Na comparação com o trimestre anterior, de maio a julho, o rendimento médio também subiu 2,9%, chegando a R$ 2.754. No mesmo período, a taxa de desocupação caiu 0,8%.

Enquanto a desocupação caiu, o número de trabalhadores sem carteira assinada subiu 2,3% em relação ao trimestre anterior, o que equivale a aumento de 297 mil pessoas. Com isso, o país chega à marca de 13,4 milhões de pessoas nesta situação – um recorde histórico. De cada 100 pessoas ocupadas no país, 39 estão na informalidade.

Pnad e Caged

Divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostraram que o país criou 159 mil novos postos de trabalho em outubro.

A Pnad e o Caged, porém, têm diferenças de metodologia. Mais restrito, o Caged contabiliza somente contratações por carteira assinada e ignora o mercado informal.

Já a Pnad, principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no Brasil, além de mensurar a informalidade, realiza o levantamento por meio de entrevistas com uma amostra da população, enquanto a medição do Caged se dá através de um sistema preenchido pelas próprias empresas.

Nesta medição da Pnad,a amostra do levantamento corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Aproximadamente dois mil entrevistadores trabalharam na pesquisa em 26 estados e no Distrito Federal.

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