Nosso país obteve nota 38 e ficou na 96ª colocação, atrás de países como Suriname e Etiópia
Esther Zancan
Publicado em 19/04/2022, às 10h50 - Atualizado às 17h01
O Brasil continua sem fazer a lição de casa quando o assunto é corrupção. Isso é o que aponta o Índice de Percepção da Corrupção (IPC), baseado no ano de 2021, elaborado pela Transparência Internacional, organização mundial anticorrupção sem fins lucrativos.
Nosso país ficou com uma nota 38, em uma escala que vai até 100. Ela fica abaixo da média mundial, que é de 43. A nota alcançada foi a mesma registrada em 2020 e representa o terceiro pior resultado da série histórica, segundo o IPC.
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A nota brasileira também ficou abaixo da média dos BRICS (grupo de economias emergentes composto pelo próprio Brasil e Rússia, Índia e China), que foi de 39 pontos. Ficou abaixo da média regional para a América Latina e o Caribe (41 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (54 pontos) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que chegou aos 66 pontos.
De acordo com a Transparência Internacional, os dados do IPC mostram que o país está estagnado, sem ter feito avanços significativos para enfrentar o problema no período.
“O desmonte institucional e a inação do governo no combate à corrupção podem levar a notas ainda piores nos próximos anos”, adverte a organização.
Entre os 180 países que são citados na pesquisa, o Brasil ficou na posição de número 96. Ele ficou atrás de nações como Suriname, Vietnã, Kosovo e Etiópia.
No topo da lista, com nota 88, ficaram empatados Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia.
Produzido pela Transparência Internacional desde 1995, O Índice de Percepção da Corrupção é considerado o principal indicador de corrupção do mundo.
O IPC avalia 180 países e territórios e os atribui notas em uma escala entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país.
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O índice é a referência mais utilizada no planeta por tomadores de decisão dos setores público e privado para avaliação de riscos e planejamento de suas ações.
Em 2021, o IPC destaca a relação entre corrupção e abuso de direitos humanos. Como mostra o relatório deste ano, países percebidos como altamente corruptos têm maior probabilidade de reduzir seu espaço cívico e democrático e atacar direitos da população.
O relatório completo pode ser visto no site da organização.
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