O TERROR DOS MARES

Banhistas e pescadores brasileiros são alertados sobre perigos de peixe venenoso

Campanha foi lançada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o ICMBio, após adultos do peixe-leão serem encontrados em águas brasileiras. Animal é um invasor marinho que se multiplica como praga e solta um veneno nocivo aos seres humanos

Da redação
Publicado em 13/02/2022, às 13h21 - Atualizado às 15h21

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Animal é um predador vigoroso que se multiplica rapidamente CAPA - Temido peixe praga que devastou costa do Caribe é encontrado no Brasil - Imagem: Reprodução / Revista Piauí / Herton Escobar
Animal é um predador vigoroso que se multiplica rapidamente CAPA - Temido peixe praga que devastou costa do Caribe é encontrado no Brasil - Imagem: Reprodução / Revista Piauí / Herton Escobar

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou uma campanha para orientar os turistas, pescadores e mergulhadores para o aparecimento do peixe-leão (Pterois volitans), uma espécie invasora que não é natural das águas brasileiras.

A campanha, lançada nesta sexta (11), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), prevê a distribuição de panfletos e cartazes com informações sobre os perigos desse animal, cuja presença já foi registrada na costa do Pará e de Fernando de Noronha (PE), para o ecossistema marinho brasileiro e para seres humanos.

Saiba mais: Temido peixe venenoso que devastou costa do Caribe é encontrado em águas brasileiras

Além de predador, o  peixe-leão é um invasor que se multiplica como praga. O animal não tem predadores naturais no Caribe, onde, em pouco mais de 20 anos, destruiu parte considerável da biodiversidade marinha. Após adultos da espécie serem encontrados em águas brasileiras, especialistas estão em alerta.

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O peixe-leão tem o corpo listrado de branco com tons laranja, vermelho e marrom, 18 grandes espinhos e nadadeiras prolongadas. Como não tem predadores, a espécie originária do Indo-Pacífico, se prolifera descontroladamente, roubando o espaço e a alimentação dos peixes nativos e, consequentemente, afetando todo o ecossistema.

Os espinhos na região dorsal do peixe-leão soltam um veneno nocivo aos seres humanos, cuja toxina pode causar febre, vermelhidão e até convulsões.

Serão disponibilizadas para a população informações para quem for vítima da espécie sobre como cuidar do local afetado para dificultar a ação do veneno e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

Para pescadores e mergulhadores, os informativos também alertam que o animal não deve ser devolvido ao mar e que as autoridades devem ser informadas sobre o local onde o peixe foi visto para ajudar no monitoramento desta espécie.

O material, em formato de panfleto, terá ainda um QR Code com um formulário para que as pessoas possam enviar para o ministério informações sobre o local onde a espécie foi vista e/ou capturada, com envio de fotos e imagens.

Segundo o MMA, os “panfletos têm linguagem adequada para cada público e serão distribuídos em áreas costeiras prioritárias do país para orientar banhistas, pescadores e mergulhadores, caso avistem o peixe-leão.”

Com informações de Agência Brasil | Luciano Nascimento

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