Instituto Gremar realizou a soltura da tartaruga-cabeçuda na laje de Santos
Após sete meses de cuidados e reabilitação no Instituto Gremar, uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) foi devolvida ao seu habitat no Parque Estadual da Laje de Santos (SP), no fim de semana. Essa ação é resultado do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) que empenha-se na preservação da vida marinha.
Segundo informou o instituto à reportagem do Portal Costa Norte, a tartaruga havia sido resgatada no dia 25 de outubro de 2022, após um munícipe acionar as autoridades na Praia do Mar Casado, em Guarujá.
Ainda filhote, a tartaruga marinha estava debilitada e apresentava pouca responsividade. Diante disso, ela foi prontamente encaminhada para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, também localizado no município.
No momento do resgate a tartaruga apresentava quadro de desnutrição, anemia e estava com cracas e algas em sua carapaça e nadadeiras. Iniciou-se então um cuidadoso processo de reabilitação, com foco no ganho de peso e desenvolvimento muscular.
A tartaruga passou por sessões de fisioterapia em piscinas com diferentes níveis de água, além de uma alimentação cuidadosamente preparada para estimular seu comportamento natural, incluindo presas vivas como camarões e caranguejos.
Ainda de acordo com o Gremar, os resultados obtidos ao longo dos sete meses de reabilitação foram surpreendentes. A tartaruga-cabeçuda praticamente dobrou de tamanho, alcançando 30 cm de comprimento de carapaça. Além disso, os exames clínicos realizados indicaram índices satisfatórios em sua saúde geral.
A soltura da tartaruga-cabeçuda foi realizada em parceria com a Fundação Florestal. Antes de retornar ao mar, o animal recebeu um microchip, que permitirá o monitoramento de sua trajetória por instituições ambientais, caso ocorra um novo encalhe.
“A ação de soltura não só representa uma vitória para a equipe do Instituto Gremar, mas também reforça a importância do trabalho realizado pelo PMP-BS e demais instituições envolvidas na proteção e conservação da vida marinha. Cada tartaruga resgatada e reintegrada ao seu habitat contribui para a manutenção do equilíbrio ecológico dos oceanos”, disse o instituto, em nota.
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