Vacina em ovos embrionados e peixes, insulina para pet e inteligência artificial e de dados usada nos cuidados com animais: bem-vindo a este curioso universo!
O mundo animal é surpreendente e sempre traz informações interessantes, às vezes um pouco curiosas para quem é leigo, mas o fato é que o universo ligado às doenças de animais de estimação e de produção, como bois, vacas, peixes, suínos e aves, apresenta fatos que você nunca imaginou, mas que estão diretamente ligados à nossa vida e a do meio ambiente também.
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Já ouviu falar que é possível vacinar pintinhos ainda quando estão dentro dos ovos? E que também já existem dispositivos que aplicam vacinas nos animais sem necessidade do uso de agulhas? E que para os animais de estimação que têm diabetes já existe uma insulina desenvolvida especialmente para eles? Você sabia?
O conceito da vacinação "in ovo" surgiu em 1982 e tornou-se uma importante ferramenta para a imunização das aves ainda nas incubadoras. Tudo começou com a vacina contra a doença de Marek.
A vacina é injetada por máquinas automatizadas que transpassam a casca do ovo, depositando uma dose vacinal que entrará em contato com o líquido amniótico ou com o próprio tecido embrionário da ave.
A vacina aplicada nos ovos garante, por exemplo, um controle de qualidade e desinfecção adequadas no incubatório. Essa técnica possui várias vantagens, tais como exposição precoce às vacinas de maneira totalmente controlada; redução da manipulação e estresse dos pintinhos quando comparado ao método tradicional de vacinação realizado nas aves logo após o nascimento; administração da vacina de forma precisa e uniforme, com volumes consistentes e dosagem exata para quase 100% dos ovos embrionados.
Sabemos que cães, gatos, bois, vacas e suínos são vacinados, mas você sabia dos peixes? Parece curioso, mas peixes também precisam de vacina para prevenir doenças, como a estreptococose, enfermidade que afeta o sistema nervoso do animal e pode causar lesões em seus olhos e úlceras na sua pele e musculatura.
Se você nunca viu o processo de vacinação desse animal, funciona assim: começa com a anestesia que é uma solução natural que contêm água e óleo de cravo.
Este procedimento tem como finalidade diminuir o metabolismo do animal, como a respiração e os movimentos, proporcionando assim menor estresse e maior facilidade para administração da vacina, que é feita de forma injetável na cavidade abdominal de cada peixe, sem nenhum efeito colateral.
Sim, é isso mesmo que você leu, vacina sem agulha. Mas como? Assim como os peixes e os ovos, os suínos também recebem a vacinação que previne doenças e garante bem-estar ao longo de toda sua vida, e hoje há um dispositivo que permite a vacinação desses animais sem o uso de agulhas!
Com ele, a vacinação é realizada com um dispositivo que contém bico injetor, disponível para aplicação de vacinas inativadas contra importantes doenças que ocorrem na suinocultura mundial, como pneumonia enzoótica, circovirose dos suínos, doença de Aujeszky e PRRS.
Além de reduzirem o estresse do animal, essas vacinas maximizam o tempo de aplicação, otimizam a mão de obra nas granjas e são capazes de fazerem duas mil aplicações com uma carga de bateria. Agilidade, segurança e bem-estar para animais e humanos, né?
Assim como humanos, o diagnóstico de diabetes mellitus é bastante comum em cães e gatos. O organismo dos animais diagnosticados para de produzir insulina ou por deficiência nos receptores do hormônio.
A doença neles também é crônica e sem cura, mas tem tratamento com a insulinoterapia, que é a aplicação de insulina juntamente com um manejo adequado e com engajamento do tutor, o que permite ao pet ter uma boa qualidade de vida. Antes, o tratamento era feito com a insulina humana, mas agora pode ser feito com a insulina veterinária.
Já existe no mercado um produto produzido especificamente para os animais, que é diferente da humana, pois promove um pico mais rápido e mais duradouro, conferindo menor chance de crises de hipoglicemia e resistência à medicação, proporcionando um tratamento mais seguro e eficaz.
Lembrando que toda troca ou adaptação de insulina no pet deve ser acompanhada por um médico-veterinário, ok?
Você sabia que a grande maioria das pulgas e carrapatos não ficam no seu animal? Então, se você acha que, fazendo isolamento social, seu pet não corre o risco de ter esses parasitas no corpo, está enganado.
De acordo com o pesquisador Nicolau Serra-Freire, do Laboratório de Diversidade Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apenas 5% das pulgas e carrapatos estão no animal, enquanto 95% estão no ambiente onde ele vive.
Com isso, a melhor maneira de prevenir a infestação é utilizando produtos que durem tempo o suficiente para que a ação elimine todas as fases desses parasitas. Além disso, realizar dedetizações com empresas especializadas no combate à proliferação desses parasitas também é medida importante.
Sim, os produtores de animais podem prevenir e identificar doenças por meio da geração e gestão de dados em tempo real, com recursos que identificam, monitoram e, em alguns casos, até rastreiam os animais.
Se liga só! A identificação permite registrar o histórico de cuidados com o animal que vão da produtividade à sanidade, passando por cuidados de prevenção e locais percorridos pelos animais ao longo de sua vida.
Esses dados proporcionam a rastreabilidade, que surge como uma peça fundamental para ampliar o acesso de informações ao produtor e ao consumidor.
O monitoramento traz dados de como está a saúde do animal e é capaz de alertar para problemas, permitindo que o produtor da fazenda o trate antes da piora, por exemplo.
Essas tecnologias reforçam o avanço e a sinergia entre inteligência de dados e saúde animal, permitindo que as informações coletadas em cada uma dessas etapas se transformem em medidas efetivas de prevenção, cuidado e promoção de boas práticas no campo.
A inteligência de dados também chega para os tutores de pet! Isso tudo para colaborar com a prevenção de doenças.
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Muito moderno? O Brasil recebeu no final do ano passado uma linha de tecnologia exclusiva, entre eles, um produto que registra as atividades do seu cachorro 24 horas por dia e isso tudo pode ser monitorado por meio do celular, e qualquer alteração pode ser compartilhada diretamente com o veterinário. Imagina se logo a gente tivesse um desse também para as crianças? Ah, a tecnologia!
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