Placas indicam ninhos de corujas-buraqueiras em algumas regiões de São Sebastião; conheça mais sobre a espécie
A Divisão Socioambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, instalou, esta semana, seis placas de sinalização, para alertar os munícipes e turistas sobre a presença de ninhos de corujas-buraqueiras nas praias da região.
Foram instaladas no Balneário dos Trabalhadores, Morro do Abrigo, Porto Grande, Enseada e Canto do Mar, e contêm informações quanto aos hábitos de alimentação, reprodução e habitat da coruja-buraqueira (Athene cunicularia). Durante a ação, a equipe da Divisão Socioambiental constatou a presença de gravetos, pedacinhos de papel e outros materiais dentro dos ninhos, o que indica uma possível preparação para a próxima temporada de reprodução, entre os meses de março e abril.
De acordo com a administração municipal, os ninhos são constantemente monitorados pelos servidores da divisão, que garantem a limpeza e segurança do local e fazem o controle de dados em caso de novos ninhos, abandono de ninhos antigos e novos filhotes.
A coruja-buraqueira possui tamanho médio entre 20 a 30 centímetros de altura, e seu peso geralmente fica entre 150 e 250 gramas. A coloração é predominantemente amarelada, com manchas e listras marrons, o que proporciona uma camuflagem eficaz em seu ambiente natural.
Uma das características mais marcantes da espécie é o hábito de cavar buracos no solo, o que lhe rendeu o seu nome popular. Esses buracos são utilizados como ninhos, abrigos e até mesmo como armadilhas para capturar presas. A coruja-buraqueira é conhecida por ser uma excelente caçadora, alimentando-se principalmente de pequenos roedores, insetos, anfíbios e até mesmo outras aves de porte menor.
Além disso, a coruja-buraqueira é reconhecida por seus grandes olhos amarelos, que são adaptados para uma visão noturna excepcional. Seu voo é silencioso devido à estrutura especial de suas penas, o que lhe confere uma vantagem na caça. Ela também desempenha um papel importante no controle populacional de roedores, contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas onde habita. No entanto, algumas ameaças, como a perda de habitat e atropelamentos, podem impactar de forma negativa suas populações em determinadas regiões.