Tudo começou há 65 milhões de anos e hoje surpreende o litoral paulista
Um fóssil com um formato peculiar, semelhante a uma mão humanoide, foi encontrado no litoral de São Paulo na manhã deste domingo (20). O caso ocorreu na praia Balneário Mares do Pontal, localizada em Ilha Comprida.
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A estrutura óssea foi vista por um casal, Letícia Santiago e Devanir Souza, que estava passeando pela faixa arenosa da praia.
“Cedinho, eu e meu namorado andávamos pela praia, quando encontramos essa ‘espécie de mão’. Não achamos que pode ser humana, por conta do tamanho e quantidade de falanges. Estamos impressionados”, comentou Letícia nas redes sociais.
Especialistas indicam que na verdade, a mão humanoide é parte do esqueleto de um cetáceo, ordem dos famosos mamíferos aquáticos: baleias, golfinhos etc.
Ainda há indícios de que a morte do animal tenha ocorrido há cerca de um ano, devido a decomposição da estrutura.
Apesar do susto, até a consulta de um especialista, houve diversas especulações sobre o fóssil: “Três pontinhas dos dedos estavam para cima”. “É muito grande. Pensa em um ‘trem duro da bexiga’. Que bicho que é a gente não sabe? E, se é um alienígena, pior ainda!”, disse o casal.
Charles Darwin, responsável pela teoria biológica da seleção natural, argumentava que as baleias poderiam ter surgido a partir da evolução de animais como os ursos que se adaptaram à água.
A comunidade cientifica na época ridicularizou Darwin. Porém, a ciência e a evolução das espécies são uma caixinha de surpresas. A anatomia semelhante de diversos animais sugere resquícios de familiaridade entre espécies totalmente distintas.
Em setembro do ano de 2021, uma baleia-de-bico apareceu morta nas praias da Dinamarca. Por ser relativamente rara, institutos de pesquisas e especialistas estudaram o cadáver.
Durante a dissecação, uma foto da nadadeira do animal foi tirada e publicada nas redes sociais, o que causou espanto na rede de internautas, pois, no registro, a parte interna da nadadeira se assemelhava à uma mão, com cinco dedos cobertos por carne.
O pesquisador Mark D. Scherz, que publicou a foto acima, foi um dos encarregados pelo estudo do animal, e afirma no post da rede social:
“Isso é o que parece quando você remove a carne inter-digital da nadadeira de uma baleia. Incrível ver quão bem o membro pentadáctilo é mantido!”
Calma, Darwin estava ‘meio certo’ porque as baleias tiveram a evolução por parte de outro mamífero, chamado Indohyus, uma espécie extinta que se aventurava em ambientes aquáticos. A descoberta foi feita por pesquisadores no ano de 2008.
E a evolução demora, viu? Ao que tudo indica, as baleias migraram de vez para o mar logo após a explosão do asteroide Chicxulub, que extinguiu todos os grandes répteis da terra (os dinossauros) há 65 milhões de anos atrás, na Era Mesozoica.
Pesquisadores acreditam que, após a extinção dos grandes répteis, os Indohyus se desenvolveram (junto aos outros milhares de mamíferos), e começaram a entrar cada vez mais na água para fugir de predadores e realizar caças.
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“O reaproveitamento de uma estrutura existente é mais fácil e provável do que a produção de uma nova estrutura ‘do zero’.”, afirma ainda Scherz, referindo-se aos ‘dedos’ ainda existentes 'por dentro’ das nadadeiras dos cetáceos.
As primeiras baleias como realmente conhecemos surgiram há cerca de 30 milhões de anos.
As baleias são mamíferos como os humanos, que respiram através dos pulmões, devido a esta característica fisiológica, elas sobem para a superfíce com frequência.
Estes seres andam em conjunto entre dois a três espécimes.
As baleias podem gerar somente um filhote por gestação.
As baleias descansam de maneira peculiar, um lado do cérebro adormece enquanto o outro permanece desperto. Essa adaptação recebe a denominação de sono uni-hemisférico
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