Médica veterinária fala sobre medidas de segurança com os animais em viagens longas no fim de ano
O recesso de fim de ano se aproxima e, com esse período, as viagens para recompensar o trabalho e sair da rotina. Para quem tem cães e gatos e não abre mão de passar momentos especiais com seus bichinhos, é importante ter atenção a detalhes para garantir que a trajeto seja seguro para os animais e despreocupante para os tutores.
A docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora Vanessa Lowe, alerta para os principais pontos para planejar um passeio. “É preciso colher informações sobre o local, considerando que a maioria dos destinos só permite a entrada de pets com determinadas vacinas, por exemplo. É necessário, portanto, estar em dia com as vacinações e medicações”, alerta.
Os tutores devem ter em mãos o atestado sanitário do seu animalzinho de estimação, certificante de que o animal está em boas condições de saúde e atende às medidas definidas pelos órgãos públicos, além da carteira de vacinação. A documentação é imprescindível até mesmo para trajetos feitos em veículo próprio. Em caso de viagem internacional, o comprovante de chipagem também é necessário.
“Para facilitar a comunicação, os dados mais importantes podem estar presentes na coleira de identificação, como nome e telefone dos donos. Hoje em dia, existem tags para colocação na coleira que, por meio de um aplicativo, auxiliam no acompanhamento e a localização do pet. Essa medida é válida para o dia a dia, mas torna-se indispensável em locomoção para lugares distantes”, lembra a docente.
Além de ser uma exigência em companhias rodoviárias e aéreas, uma viagem de carro se torna mais segura quando o pet está acomodado em uma caixa de transporte confortável. O Código de Trânsito Brasileiro não permite que animais fiquem entre as pernas do passageiro ou nos bancos de veículos, assim como em caçambas de pick-ups e caminhonetes.
“O cachorro ou gato pode se familiarizar com a caixa algumas semanas antes do passeio, por exemplo, e isso evita problemas no futuro”, indica a médica-veterinária. “Para isso, podemos colocar brinquedos e cheiros aos poucos, a fim de acostumá-los a esse ambiente. Desse modo, o trajeto será mais tranquilo”, afirma. A mesma técnica se aplica a outros pets não convencionais, como coelhos.
A docente indica, também, que o percurso deve conter paradas planejadas, para que os seus bichinhos possam fazer suas necessidades (urinar e defecar) e tomar água. Segundo a professora, o ideal é que os animais parem de se alimentar três horas antes da partida. “Os intervalos diminuem os riscos de enjoos e você chega ao seu destino sem grandes problemas”, completa.
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