Secretaria de Saúde alerta sobre cuidados e medidas a serem tomadas diante dos acidentes com águas-vivas e caravelas-portuguesas
Ao menos oito casos de pessoas atendidas por queimaduras de águas-vivas, nas praias de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, foram registrados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em 2024. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Águas-vivas e caravelas-portuguesas (Filo Cnidaria) são animais aquáticos com tentáculos, que podem alcançar até 30 metros. Dotadas de veneno utilizado para captura de presas e autodefesa, suas toxinas podem causar efeitos tóxicos e alérgicos nos humanos.
A população é alertada pela Secretaria de Saúde a estar atenta aos sintomas, que incluem ardência e dor intensa no local do contato com os tentáculos, podendo persistir por até 24 horas. A dermatologista da rede municipal, Aline Bortoliero, recomenda:
“Caso isso ocorra, a dica é simples: lave a região afetada com a própria água do mar, removendo as células venenosas. Outra dica valiosa é aplicar vinagre durante 30 segundos, para inibir a liberação do veneno. Essa medida não só melhora a ardência como também faz a marca da queimadura desaparecer gradualmente”.
Bortoliero desaconselha o uso de urina no tratamento da queimadura e alerta contra o uso de água doce, que pode agravar o quadro. Persistindo a dor ou os sintomas alérgicos, é indicado procurar uma das três UPAs da cidade, localizadas nas regiões centro, sul e norte da cidade.
Em São Sebastião, o surgimento de diversas caravelas-portuguesas cancelou um treino de natação em mar aberto, na praia Balneário dos Trabalhadores. As prefeituras de Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá e Bertioga informaram não terem atendido vítimas de acidente com o animal.
Já a prefeitura de Mongaguá informou que duas crianças sofreram queimaduras, mas que não há evidências de que se tratava de caravelas. Elas foram medicadas e liberadas. Peruíbe teve casos semelhantes, porém também não especifica a espécie.