Bem-te-vi, o cardápio variado que permite a grande distribuição da espécie
A ave bem-te-vi apresenta colorações vistas também em outras aves de tamanhos parecidos. Muitas pessoas confundem as aves suiriri, bentezinho-do-brejo e o neinei com o bem-te-vi pelo padrão de cores. Seu amarelo, preto e pardo fazem com que a mesma se destaque nos centros urbanos e nas florestas onde é facilmente vista. Animal onívoro, o bem-te-vi possui um grande cardápio cheio de opções alimentares que o ajudou a habitar diferentes habitats.
De nome científico pitangus sulphuratus, o Bem-te-vi faz parte do grupo dos passeriformes e possui este nome popular por causa do som que seu canto faz. A ave possui cerca de 22 centímetros e pesa até 68 gramas, sendo uma ave forte do grupo dos passarinhos e que chega a assustar muitos deles em comedouros por onde é facilmente encontrada.
O animal está presente da Argentina ao México e possui grandes adaptações aos centros urbanos, são nestes locais onde o ele enfrenta perigos servindo de alimento para diversos animais silvestres e domésticos. Os bem-te-vis constroem ninhos em diversos locais com pedaços de plantas que encontram nas árvores e arbustos e como muitas outras aves, cuidam de seus filhotes até que estes possam voar.
Muitos são os predadores do bem-te-vi, diversas cobras como a sucuri se alimentam do pássaro. Além disso, aves de rapina como corujas e gaviões costumam encontrar no bem-te-vi um alvo numeroso. Nos centros urbanos e nas áreas desmatadas, o bem-te-vi encontra outros desafios. O gato doméstico, animal caçador, carnívoro pode facilmente capturar diversas aves nativas e desequilibrar diversos ambientes.
Por se tratar de um animal onívoro, a ave se alimenta tanto de plantas quanto de outros animais, consumindo diversos insetos como mariposas, grilos, gafanhotos, besouros e muitos outros insetos. Além disso, o animal pode ser visto se alimentando de filhotes de outras aves, pequenos mamíferos e também de frutas em árvores e comedouros espalhados pela cidade, onde demonstra suas características dominantes tentando espantar outras aves.
O bem-te-vi por ser uma ave silvestre só pode ser comercializada se houver autorização do IBAMA, a ave precisa estar anilhada e registrada devidamente. Os bem-te-vis apesar de afugentar outras aves também são vistas em comedouros com diversas outras espécies como o sanhaço-do-coqueiro e o sanhaço-cinzento.
Os bem-te-vis não possuem dimorfismo sexual, ou seja, os machos e as fêmeas não apresentam características morfológicas que indiquem o gênero dos mesmos. Apesar disso, a identificação da espécie é facilitada pela coloração amarela que as aves apresentam no topo na cabeça e aparece em algumas situações específicas.
O bico do bem-te-vi é grande e forte, sendo útil para perfurar suas presas, quebrar as carapaças de insetos e também as cascas das frutas. Além disso, os bicos das aves ajudam também o animal na defesa para proteger os filhotes e os próprios animais que são dominantes. O mesmo bico auxilia na identificação de espécies, já que o bem-te-vi é diferente de outras aves que possuem as mesmas cores.
As aves quando caem do ninho precisam ser observadas com cautela para que os pais possam recuperar seus filhotes quando possível. São inúmeros os casos em que as pessoas tentando ajudar acabam por pegar os filhotes tentando alimentá-los e aquecê-los de forma incorreta o que pode ocasionar a morte do animal. O ideal é esperar e observar para que as aves possam encontrar o filhote, caso isso não aconteça os animais silvestres podem ser levados para os órgãos municipais responsáveis.
Apesar de não estar listada como espécie ameaçada de extinção, o bem-te-vi pode sofrer com a destruição do meio ambiente, com a perda de habitats e as queimadas. O animal é importante para diversas cadeias e teias alimentares pois faz o controle biológico principalmente dos insetos que se alimentam. Proteger a espécie e incentivar a pesquisa científica acerca do animal podem ajudar nossos ecossistemas a apresentarem mais espécies curiosas como estas.
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