Atobá-mascarado foi resgatado em Praia Grande, por equipe do Instituto Biopesca; ave costuma formar seus ninhos em ilhas oceânicas
Uma ave da espécie atobá-mascarado (Sula dactylatra) foi resgatada com vida, por uma equipe do Instituto Biopesca, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Essa foi a primeira vez que o Biopesca encontrou uma ave dessa espécie viva. O resgate aconteceu no dia 29 de fevereiro e ela está em tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Instituto Gremar, em Guarujá.
Segundo o instituto, o atobá-mascarado forma seus ninhos em ilhas oceânicas, como o Arquipélago dos Abrolhos, Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Trindade e Martim Vaz. Ele é mais oceânico do que outras espécies e, assim, sua ocorrência na costa é rara.
O Biopesca irnformou que o "paciente" está na fase juvenil e possui uma particularidade: é cego do olho direito, deficiência que não prejudica a sua sobrevivência, como foi possível comprovar durante a estabilização de suas condições clínicas. Ele chegou ao instituto com peso abaixo da média e desidratado, mas logo se recuperou e, diante da melhora, foi encaminhado para o Gremar.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto avalia os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias, do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, debilitadas ou mortas, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601 2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).