Aranhas invadem casa e moradora fica desesperada

Desesperada com a invasão de aranhas dentro de casa, uma moradora de São José dos Campos pediu ajuda nas redes sociais, pois não sabe o que fazer. Ela pede para que a ajudem a reforçar a solicitação na prefeitura, para que o setor responsável retire o animal.

Na foto compartilhada pela munícipe, aparecem duas aranhas e, segundo descrito, uma está comendo a outra. “Precisei ter a frieza e tirar uma foto das aranhas que estão aparecendo em nossas casas aqui no Interlagos! Tive que dar zoom, mas ainda assim ela é grande, do tamanho da palma da minha mão! Alguém sabe me dizer se é perigosa? Ela está comendo essa outra mais coral”.

Nos comentários os internautas afirmaram que um dos aracnídeos da foto é perigoso, e que é preciso ter cautela, pois uma picada pode ser letal. “A que está comendo a outra é armadeira, perigosa sim", afirmou uma munícipe.

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“Uma aranha venenosa e muito perigosa. É da espécie armadeira. A picada dela é dolorosa e pode ser fatal. Ela levanta as patas da frente, fica em pé para atacar. Muito cuidado com as crianças e animais. Chama o Centro de Zoonoses. Fica na Praça Natal no Parque Industrial”.

“É armadeira. Minha mãe já foi picada por ela, pode ser letal para crianças e animais de estimação. Em adultos geralmente provoca muita dor. Minha mãe foi picada na mão, chorou de dor por horas, tomou o soro que combate o veneno e graças a Deus ficou ótima”.

“Só para informar: tomem cuidado, pois com o aumento das chuvas no mês de março, esse tipo de bicho sai da "toca" entrando nas casas. Esse fato pode acarretar muitos acidentes. Cuidado, principalmente com as crianças. Olhem os sapatos/tênis antes de calçar. Esses bichos gostam desse tipo de esconderijo. Mantenham caixas contendo brinquedos fechadas. Fiquem de olho quando as crianças forem pegar algo embaixo de sofás, camas, banquinhos etc. Muito cuidado, pessoal. Espero que essas dicas ajudem”.

Aranha-armadeira

Phoneutria é um gênero de aranhas conhecidas pelos nomes comuns de armadeira, aranha-macaco ou aranha-de-bananeira, pertencentes à família dos ctenídeos. O nome comum armadeira vem da atitude invariável de ataque, com as patas dianteiras erguidas. São encontradas no Brasil, Paraguai, norte da Argentina e Uruguai, onde teria sido introduzida.

 Apresenta patas grandes, com 13 a 15 cm de comprimento, com um tamanho corporal de 1,7 a 4,8 cm. A espécie tem a reputação de se esconder nos cachos de bananas, o que deu origem ao nome comum de aranha-bananeira.

São altamente agressivas e produzem um veneno cujo componente neurotóxico é tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para matar um rato de 20 gramas, por via intravenosa. Frequentemente entram em habitações humanas à procura de alimento, parceiros sexuais ou mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos.

A peçonha é composta por polipeptídeos, além de histamina e serotonina. A ação é neurotóxica e cardiotóxica. Além de causar dor intensa, o veneno da aranha pode também causar priapismo em humanos. Ereções resultantes da picada são incômodas, podem durar várias horas e causar impotência. Os pontos de inoculação sobre a pele são vistos acompanhados de inchaço, vermelhidão e sudorese local. A dor é queixa comum, pode ser local ou irradiada, tem intensidade variada e é acompanhada de parestesias (formigamento). Dependendo do estado da pessoa, além da dor, os sintomas mais comuns são taquicardia com alterações no eletrocardiograma, hipertensão arterial, sudorese com visão turva e vômitos ocasionais.

O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir para edema pulmonar e choque representando um risco não desprezível de morte. Tratamento apesar da alta toxicidade da peçonha da armadeira, a absoluta maioria dos casos registrados são considerados leves e de prognóstico benéfico. Nestes casos o tratamento é sintomático resumindo-se a analgésicos via oral e anestésico local e, em caso de ânsia de vômito, um antiemético.

Nos moderados que apresentam sudorese acompanhada de leve taquicardia e hipertensão, o tratamento sintomático é acompanhado do específico com soro antiaracnídeo. Nos casos graves que apresentam grandes alterações na pressão arterial com taquicardia/bradicardia e sudorese profusa, uma dose maciça de soro antiaracnídeo juntamente com cuidados médicos intensivos tornam-se necessários.

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