RESGATE ANIMAL

Vídeo mostra salvamento de boto-cinza de rede de pesca no litoral norte de SP

Boto-cinza foi encontrado lutando para respirar, durante patrulhamento com bote na praia de Itamambuca, em Ubatuba, na manhã de sexta-feira (31)

Esther Zancan
Publicado em 02/02/2025, às 08h32 - Atualizado às 10h38

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Animal foi devolvido ao mar logo após ser libertado dos restos da rede de pesca - Reprodução/Instagram @salvamarpaulista
Animal foi devolvido ao mar logo após ser libertado dos restos da rede de pesca - Reprodução/Instagram @salvamarpaulista

Os guarda-vidas do GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimo) se depararam com uma cena chocante na manhã de sexta-feira (31), durante patrulhamento preventivo na praia de Itamambuca, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo: um filhote de boto-cinza (Sotalia guianensis) preso em uma rede de pesca. 

A bordo de um bote de salvamento, os guarda-vidas, cabo De Faria e soldado Christian, que avistaram o animal lutando para respirar, logo agiram com rapidez e precisão; cortaram as redes e devolveram o boto ao mar em segurança. Assista: 

Boto-cinza

O boto-cinza, também conhecido como golfinho-cinza, é um cetáceo encontrado em águas costeiras e estuários do Atlântico Ocidental, desde a América Central até o Sul do Brasil. Ele pode medir entre 1,5m e 2,1 metros e pesar até 100kg. Possui coloração acinzentada, com o dorso mais escuro e o ventre claro.

Esses animais costumam viver em grupos pequenos, de dois a 10 indivíduos, mas podem formar agregações maiores. Eles se alimentam principalmente de peixes e lulas, e caçam em águas rasas. É uma espécie vulnerável devido à pesca acidental, poluição e degradação do habitat. Outra curiosidade da espécie é que, diferentemente dos golfinhos oceânicos, o boto-cinza é mais discreto e costuma evitar embarcações, mas pode ser visto acompanhando pescadores, para pegar  peixes presos nas redes. Como todos os cetáceos, eles precisam subir à superfície para respirar. Além da captura acidental em redes de pesca, o boto-cinza sofre com a poluição marinha, já que absorve metais pesados e toxinas ao longo da vida, e pode desenvolver doenças.

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Esther Zancan

Esther Zancan

Formada pela Universidade Santa Cecília, Santos (SP). Possui experiência como redatora em diversas mídias e em assessoria de imprensa.

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