Animal visitou uma família de Guarujá e dormia atrás de um fogão quando foi resgatado pela GCM Ambiental; mamífero foi avaliado e devolvido à natureza
Lenildo Silva
Publicado em 13/01/2025, às 14h16
Um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) foi resgatado por guardas do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA), da Guarda Municipal de Guarujá, no litoral de São Paulo, em uma residência no bairro Enseada. O vídeo do resgate foi postado nas redes sociais do GDA, e o que chama a atenção é a forma como o animal foi encontrado: ele dormia tranquilamente, atrás de um fogão, e com os braços sobre uma garrafa de vidro.
A dona do imóvel, localizado na rua Maria Geralda Valadão, foi quem fez o chamado, na manhã da quinta-feira (9). A equipe do GDA verificou que o tamanduá-mirim estava saudável, sem ferimentos ou sinais de doença, e decidiu pela sua devolução à natureza. O mamífero foi levado para uma área de mata no morro do Sorocotuba, onde foi solto em segurança.
A prefeitura de Guarujá destacou, em nota, a importância de acionar o GDA ao se deparar com animais silvestres em áreas urbanas, por meio do telefone 153. O contato com esses animais, mesmo os que aparentam tranquilidade, pode ser perigoso e deve ser manejado por profissionais.
O tamanduá-mirim é uma espécie de mamífero da família Myrmecophagidae, amplamente distribuída no Brasil e classificada como 'Menos Preocupante', pela IUCN, devido à sua ampla ocorrência e ameaças que não comprometem severamente a população. De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a espécie apresenta variações morfológicas regionais e possui pelagem curta ou longa, com coloração que varia entre amarela e preta, formando um padrão que lembra um colete. A espécie possui hábitos noturnos e escansoriais, alimentando-se principalmente de formigas e cupins.
A estrutura taxonômica do tamanduá-mirim sugere a existência de subespécies, com estudos genéticos ainda em andamento, que podem resultar em reclassificações. Ainda de acordo com o instituto, apesar de sua adaptação ao ambiente, o tamanduá-mirim enfrenta desafios relacionados a doenças e parasitas, como carrapatos, ácaros e diversas espécies de nematoides e protozoários.
Lenildo Silva
Estudante de jornalismo na Faculdade Estácio