Região terá diagnóstico detalhado e propostas de obras sustentáveis, para reduzir riscos causados por chuvas intensas, maré alta e ocupações irregulares
A Baixada Santista entra em uma nova fase. Um projeto inédito pretende enfrentar um dos maiores desafios da região: os alagamentos crônicos causados por chuvas intensas, influência das marés e ocupações desordenadas.
Com investimento de R$ 6 milhões do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), será elaborado um plano técnico de macrodrenagem que abrangerá os nove municípios da região: Bertioga; Cubatão; Guarujá; Itanhaém; Mongaguá; Peruíbe; Praia Grande; Santos e São Vicente. O objetivo é reduzir riscos, ampliar a segurança hídrica e fortalecer a resposta às mudanças climáticas.
A proposta será coordenada pela SP Águas e executada pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Cada cidade terá um plano próprio, mas com estratégias articuladas regionalmente. A ideia é garantir soluções adaptadas ao território, mas com governança integrada.
Entre os estudos previstos estão diagnósticos com drones, mapeamento de áreas críticas e simulações de cenários urbanos e climáticos. Além de grandes obras, o plano prevê alternativas sustentáveis, como parques lineares, renaturalização de rios e aumento da permeabilidade do solo urbano.
A expectativa é que o projeto entregue ferramentas técnicas para priorizar intervenções, aprovar licenças ambientais e embasar políticas públicas locais. O banco de dados gerado será compartilhado entre municípios e atualizado de forma contínua.
De acordo com a SP Águas, o plano também quer reforçar a capacidade dos gestores municipais de planejar a drenagem de forma integrada com o uso do solo e a proteção ambiental. A intenção é transformar conhecimento técnico em ações práticas com impacto direto na vida da população.