XÔ, BORRACHUDO

Ilhabela mantém ações contínuas contra borrachudos e orienta moradores e turistas

Cidade do litoral norte de SP é lar do famoso borrachudo, inseto típico de áreas de Mata Atlântica; veja o que fazer se você for picado

Redação
Publicado em 18/04/2025, às 08h15

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Ilhabela utiliza larvicida biológico para controle dos borrachudos, que atinge apenas a fase larval do mosquito - Prefeitura de Ilhabela
Ilhabela utiliza larvicida biológico para controle dos borrachudos, que atinge apenas a fase larval do mosquito - Prefeitura de Ilhabela

Conhecida por suas praias paradisíacas e rica biodiversidade, Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, também é lar do famoso borrachudo, pequeno inseto típico de áreas preservadas de Mata Atlântica. Apesar de incômodas, as picadas do mosquito não impedem que moradores e visitantes aproveitem tudo que a cidade tem a oferecer. Com ações contínuas de controle biológico e simples cuidados de prevenção, é possível conviver com a espécie sem grandes transtornos.

Desde a década de 1980, a prefeitura de Ilhabela realiza o controle do borrachudo com o uso do BTI (Bacillus thuringiensis israelensis), larvicida biológico que atinge apenas a fase larval do mosquito e é seguro para seres humanos, animais e o meio ambiente. Atualmente, mais de 2,3 mil pontos são tratados quinzenalmente por equipes especializadas, com atuação de norte a sul da ilha, inclusive em áreas de difícil acesso.

Os borrachudos se reproduzem em água corrente, geralmente em córregos e rios com pedras, o que exige uma atenção especial na aplicação do produto. O uso do BTI, além de eficaz, substituiu compostos tóxicos utilizados no passado, como o DDT, e preserva o equilíbrio ecológico da ilha.

Borrachudo
O "temido" borrachudo - Reprodução

Além do trabalho técnico, a Secretaria de Saúde de Ilhabela orienta moradores e turistas sobre as formas de prevenção. O uso de repelentes à base de citronela e soluções oleosas é eficaz, desde que reaplicado após banhos de mar ou cachoeira. Roupas de manga comprida, mosquiteiros e telas também são aliados, principalmente em áreas de mata ou no final da tarde.

A dermatologista Gabriela Menini Camillo, da rede municipal de saúde, recomenda evitar o uso de pomadas com corticoides sem orientação médica. Em caso de picadas, a dica é lavar bem o local, aplicar compressas frias e usar cremes calmantes com camomila, aloe vera ou alantoína. Persistindo os sintomas, é importante procurar avaliação médica. 

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