RESGATE INUSITADO

Bombeiros enfrentam altura e abelhas para resgatar papagaio preso em linha de pipa no litoral de SP

Animal estava enrolado em linhas de pipa e foi salvo com técnicas de altura; ave será tratada em centro especializado, em Ilhabela

Bombeiros enfrentam altura e abelhas para resgatar papagaio preso em linha de pipa no litoral de SP
Equipe enfrentou local de difícil acesso e ataque de insetos durante o resgate - Divulgação/11ºGB

Um papagaio-moleiro (Amazona farinosa) foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (20), ao ser encontrado preso por linhas de pipa no alto de uma árvore, na rua Karen Riela Marmo, no bairro Topolândia. A ocorrência, registrada por volta das 9h, exigiu técnicas de resgate em altura, e os agentes enfrentaram obstáculos como terreno de difícil acesso e ataque de abelhas.

A equipe subiu com escada e equipamentos apropriados até alcançar o animal, que estava imobilizado pelas linhas. Após o resgate, durante a entrega à Polícia Militar Ambiental, foi identificado que as linhas estavam enroladas em diversas partes do corpo do papagaio como patas, asas e pescoço. Os bombeiros realizaram a remoção dos fios de forma cuidadosa e técnica, para evitar novos ferimentos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o animal será encaminhado a uma instituição especializada em aves silvestres em Ilhabela, onde receberá cuidados veterinários e, posteriormente, será reintegrado ao habitat.

Papagaio-moleiro

O papagaio-moleiro é uma espécie nativa da fauna brasileira, considerada vulnerável, especialmente em áreas urbanas onde corre risco de captura. Esses animais vivem em grupos e se deslocam pelas copas das árvores em busca de frutos, como os de palmeiras e espécies exóticas. Na Mata Atlântica, as vagens da espécie são um importante alimento entre abril e agosto.

A espécie habita florestas densas, inclusive em áreas elevadas de até 1.100 metros; no litoral de São Paulo, o papagaio-moleiro é observado em cidades como Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Ilhabela, Santos, São Sebastião e Ubatuba. Reproduz-se em buracos de árvores e formações rochosas, principalmente no início do ano. Embora não esteja na lista oficial de espécies ameaçadas do Brasil, sua população sofre com a perda de habitat e o tráfico de animais, assim como outras espécies de papagaios.

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