Internacional

Trump pretende acabar em seis meses com programa de imigração Dreamers

A administração do Presidente considera o programa ilegal, assim como a Suprema Corte dos EUA

Da Redação
Publicado em 22/06/2020, às 03h45 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h40

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© REUTERS/Jonathan Ernst/Direitos Reservados
© REUTERS/Jonathan Ernst/Direitos Reservados

O governo Donald Trump está determinado a encerrar em seis meses o programa Dreamers, que protege os imigrantes que entraram ilegalmente nos Estados Unidos (EUA) quando crianças, disse o chefe interino do Departamento de Segurança Interna.

A administração Trump considera o programa ilegal, e a Suprema Corte dos EUA - que na semana passada decidiu contra o encerramento do plano - não discordou, afirmou o secretário do departamento, Chad Wolf, ao programa Meet the Press da NBC.

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"Em nenhum momento dessa decisão eles disseram que o programa era legal. Eles simplesmente não gostaram da lógica e dos procedimentos que usamos", disse Wolf.

A Suprema Corte dos EUA bloqueou na quinta-feira, 18, os esforços de Trump para acabar com a política de Ação Diferida para Chegadas de Infância (Daca) adotada pelo ex-presidente Barack Obama, que protege cerca de 649 mil imigrantes da deportação.

A posição da Suprema Corte confirmou as decisões dos tribunais de primeira instância, que entenderam que a determinação de Trump de acabar com o programa em 2017 era ilegal, mas não impede Trump de tentar novamente encerrá-lo.

Donald Trump disse no sábado, 20, que seu governo reenviaria os planos para acabar com a política, mas não deu detalhes.

Chad Wolf disse ao Face the Nation, da CBS, que o governo continuaria renovando os vistos para as pessoas cobertas pelo programa popular, enquanto procura uma maneira de encerrá-lo permanentemente.

Questionado se Trump descartou o fim do programa por meio de uma ordem executiva, Wolf disse que o governo continuará pressionando o Congresso para encontrar uma solução.

Acrescentou que o presidente também ordenou que o departamento olhe atentamente a decisão da Suprema Corte e a possibilidade de refazer a proposta com uma lógica diferente.

"Não vou avançar à frente do presidente. Ele tomará essa decisão na hora certa, mas o departamento estará pronto para fazer essa ligação", afirmou.

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